Gannett vai separar jornais de TVs

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Meio & Mensagem
6 de agosto de 2014 - 10h56

A Gannett Company anunciou nessa terça-feira, 6, que criou um plano para separar os ativos televisivos de outras áreas. De um lado, o grupo é dono de uma rede de 46 afiliadas e emissoras espalhadas por 25 estados americanos; do outro, possui 81 marcas de jornais cujo filho mais famoso é o USA Today.

A empresa, aos moldes do que fizeram recentemente grupos como News Corp e Time Warner, pretende oferecer às diferentes partes possibilidades de crescimento com foco em seus negócios, como estratégia de reverter a fuga de receita publicitária.

O nome Gannett deverá permanecer ligado às marcas de impresso e suas propriedades digitais. Ainda não foi definida a razão social da operação de rádio e TV, que também deverá concentrar marcas puramente digitais, como os sites CareerBuilder, de empregos, e o automotivo Cars.com – portal do qual era acionista, mas anunciou recentemente comprar os 73% restantes das ações que não possuía por US$ 1,8 bilhão.

A operação impressa será negociada numa situação melhor que muitos de seus concorrentes. Apesar da crise que aplaca o setor, a unidade de negócios de jornais da Gannett não possui dívidas. A Time Inc, por exemplo, devia US$ 1,3 bilhão quando foi negociada.

O fato de a transição ocorrer sem dívida ativa não disfarça, porém, a dura realidade do setor de jornais da Gannett. A unidade não apresenta crescimento real desde 2006 e no último trimestre perdeu 37,5% de receitas operacionais. Já a área de mídia eletrônica teve um salto de 74,7% de faturamento no mesmo período.

Não foi anunciado um prazo ou calendário para o projeto separação.

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