Identificação e autenticidade: o segredo dos creators da Geração Z

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Identificação e autenticidade: o segredo dos creators da Geração Z

Jooj, Natan por Aí e Morimura contaram na VidCon como usam situações do dia a dia para gerar identificação e conexão com o público jovem


10 de julho de 2023 - 18h42

creators geração z

Ricky Hiraoka modera debate com Jooj Natu, Natan e Morimura (Crédito: Arthur Nobre)

A preguiça de acordar cedo em uma segunda-feira. A vontade de provar todos os sabores de sorvetes de um estabelecimento ou a experiência de visitar lugares diferentes e inusitados.

Muitas dessas situações são capazes de despertar não apenas curiosidade, mas também de gerar identificação em que está assistindo. Como eu faria nessa situação? Como seria passar por isso?

Graças a essas e outras perguntas feitas por uma grande e engajada audiência, criadores de conteúdo da Geração Z vem conseguindo formar plateias e comunidades tão engajadas que chegam a fazer inveja nos veículos tradicionais.

Mas afinal, qual o segredo para, com vídeos aparentemente simples, conseguir arrastar um grupo enorme de fãs que os acompanham em diferentes redes sociais?

Neste domingo, 9, último dia da VidCon São Paulo, três criadores de conteúdo foram convidados a desvendar esse segredo: Jooj Natu, Natan por Aí e Matheus Morimura.

Embora difiram nos tipos de conteúdos criados, os três jovens conseguiram captar os anseios da geração Z e reproduzir uma linguagem que as pessoas se interessem por ouvir. E, de forma geral, todos consideram que o segredo para isso é uma combinação entre pesquisas por referências, experimentos e muita autenticidade.

O que é original nas redes sociais?

Com 1,6 milhão de seguidores somente no Instagram, Jooj Natu admitiu que é difícil, hoje em dia, encontrar algo totalmente genuíno quando se trata de redes sociais. “Hoje em dia, nada é original. Mas, ainda que mil pessoas tenham a mesma ideia de fazer o mesmo vídeo, nenhum será igual ao outro porque ele terá o estilo de cada criador. Então, meu conselho é de que cada um procure fazer do seu jeito mesmo”, declarou.

Ter a internet como território de trabalho, sobretudo em um ambiente em que os gostos e assuntos mudam tão rápido, não é algo fácil. Os três creators falaram sobre a pressão de tentar sempre acompanhar o que está acontecendo e de entender que, nesse trabalho de criação de conteúdo, nem tudo dará certo.

“O importante, na minha opinião, é manter uma frequência de postagens. Há vídeos que vão super bem e que darão certo e outros que não darão. Mas penso que a cada dia há novos criadores de conteúdo chegando. Então, para quem deseja começar, é melhor que seja hoje do que daqui uma semana, quando a concorrência já será maior”, disse Natan que, apenas no TikTok, passou a marca dos 3,6 milhões de seguidores.

Morimura admitiu a pressão de ter de ser criativo o tempo todo e ter de fazer algo que agrade as pessoas, em círculo em que essa exigência por vídeos mais divertidos e mais criativos tende a ser cada vez maior.

“Toda semana eu penso que não exista mais nada sobre o quê eu possa criar conteúdo. Mas já sinto isso há uns quatro anos. Ou seja, sempre há coisas novas para falar”, brincou o creator, que soma mais de 11,4 milhões de seguidores no TikTok.

Morimura também falou sobre a importância de os creators terem um olhar mais amplo para as referências e não se restringirem apenas aos vídeos de influenciadores estadunidenses.

creators geração Z

Creators falaram sobre suas estratégias para a plateia da VidCon São Paulo (Crédito: Arthur Nobre)

O que a geração Z gosta de ver?

A respeito do que tem mais ou menos potencial de chamar a atenção, os três influenciadores concordam que vídeos que retratem situações do dia a dia, algumas até banais, que todo mundo vivencia, mas que, de repente, quando apresentadas sob uma ótica de humor, tendem a chamar muito a atenção.

Natan contou, por exemplo, que um de seus conteúdos que teve boa aceitação em seu canal foi quando ele gravou em uma escola, mostrando diferentes perfis de colegas que todos têm, como aquele que pede a caneta emprestada e nunca devolve.

“O que é do cotidiano chama muito a atenção. As pessoas gostam porque conseguem se identificar com aquelas situações e, por isso, se veem naquilo”, disse.

Jooj concordou com a ideia. “O que chama mais atenção são os conteúdos que chamamos de relacionáveis, que refletem o que as pessoas vivem no dia a dia. A gente grava em casa, chama nossa família para participar e, muitas vezes, faz sucesso porque são coisas simples, mas em que ninguém ainda tinha prestado a atenção”, contou.

Morimura ainda complementou destacando que a geração Z adora piadas internas. “Existem algumas expressões e gírias da geração Z que são muito típicas e que apenas esse grupo vai entender. Outro dia fiz um vídeo usando apenas gírias da geração Z. E viralizou, porque muita gente comentava que tinha entendido tudo, enquanto outras pessoas brincavam ‘Meu Deus, que língua esse menino está falando?”. Quando rola uma identificação interna é certo que a geração Z irá gostar”, finalizou.

 

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