Pensamentos e propósitos dos novos consumidores
Problemáticas individuais e coletivas fazem com que as empresas precisem encontrar formas de se inserir em contextos sociais, culturais e sociais, indo além de sua atuação comercial
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Meio & Mensagem
7 de julho de 2023 - 17h51
Por Caio Fulgêncio e Giovana Oréfice
As emoções e crenças dos consumidores mudam a todo instante. E, em um momento em que redes sociais são responsáveis por ditar tendências de comportamento, movimentos contrários a elas podem ser decisivos para entender o futuro.
Durante a VidCon São Paulo, nesta sexta-feira, 7, a consultoria apresentou o estudo Change Forecasters, que visa apontar as mudanças nos consumidores que deverão fazer parte da sociedade nos próximos anos.
Uma das tendências apontadas nesse conjunto de mudanças é a doença de dissociação, que pode ser explicada como uma espécie de perda de memória e que vem acometendo sobretudo jovens, sendo sintomática do uso excessivo das redes sociais.
Outro sentimento elencado pela WGSN foi a ociosidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 33% da população brasileira é atingida pelo burnout. Além disso, houve 85% de aumento no tempo gasto em telas entre 2020 e 2022. “Precisamos voltar a falar de ociosidade como algo positivo e algo bom”, alertou Daniela.
Na apresentação, a profissional falou, ainda, sobre a ascensão da importância dada às comunidades, fato que reverbera nos padrões de consumo.
Há, segundo ela, um desvio significativo do conceito de networking, que se mostra como uma relação mais rasa e, claro, profissional. Já a comunidade pede uma troca de cuidados, quase como uma via de mão dupla que deve ser reverberada pelas marcas.
Em outro painel desta sexta-feira, 7, na VidCon, Monique Evelle, influenciadora e cofundadora da Inventivos, plataforma de formação de empreendedores, destacou que, antes mesmo da parte estratégica ou do próprio ESG, as marcas precisam se reconectar à função social que motivou o próprio nascimento.
“Toda marca precisa entregar algo para a sociedade, impactar positivamente, mas nem sempre isso acontece. A grande questão é se queremos fazer a manutenção do que está errado na sociedade ou transformar o cenário”, provocou.
Para Paula Marsilli, diretora de mídia e audiências da Natura&Co., na relação entre propósito e comunicação, a companhia se esforça para entender de que forma e o quanto afeta o cotidiano das pessoas com quem se relaciona.
“Temos sempre o pensamento de que precisamos comunicar da melhor maneira possível para o consumidor se interessar pelos produtos e buscar uma consultora, fazendo, assim, a roda girar. No Brasil, temos mais de 1,5 milhão de consultoras e 90% das vendas são por meio delas. Então, corporativamente, tudo o que fazemos reflete no dia a dia delas e de quem consome”, ressalta.
No esforço de gerar impacto na sociedade, Felipe Gomes, líder de gestão com creators do Itaú, considera como fundamental o processo de cocriação com criadores de conteúdo e influenciadores. Essa compreensão, para ele, é resultado de uma jornada de longo prazo do próprio mercado, que entendeu que as relações com esses prestadores de serviço podem ser horizontalizadas.
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