Pay TV projeta 40 milhões de assinantes
Faturamento com venda de pacotes e de publicidade chegou a R$ 5,4 bi no primeiro trimestre
Faturamento com venda de pacotes e de publicidade chegou a R$ 5,4 bi no primeiro trimestre
Eliane Pereira
24 de julho de 2012 - 4h15
A TV por assinatura deverá triplicar sua base de assinantes nos próximos cinco anos, dos atuais 14,5 milhões para 35 a 40 milhões, e chegar a um faturamento de R$ 40 bilhões em 2017. A projeção é da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), que apresentou na manhã desta terça-feira, 24, a 20ª edição da feira e congresso do setor. O evento acontece nos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Apenas no primeiro trimestre de 2012 o faturamento do setor alcançou R$ 5,4 bilhões, valor 10% superior ao do trimestre anterior e 38% maior que o do mesmo período em 2011. Esse valor inclui as receitas obtidas com venda de pacotes de TV por assinatura, banda larga e telefonia, mais o faturamento publicitário (que corresponde a cerca de 5% do faturamento total).
Como comparação, a TV aberta faturou R$ 4,2 bilhões entre janeiro e março de 2012, mas só com venda de espaço publicitário, segundo os dados do Projeto Inter-Meios. Nesse mesmo intervalo, o faturamento dos canais pagos apenas com publicidade foi de R$ 238 milhões.
O momento não poderia ser melhor para a TV por assinatura, que vem crescendo a taxas de 30% ao ano e aguarda ansiosamente a liberação de novas licenças de operação por parte do órgão regulador, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As últimas licenças para expansão do serviço foram outorgadas em outubro do ano 2000, segundo o presidente executivo da ABTA, Alexandre Annenberg.
Atualmente, 258 municípios contam com rede de cabos e 316 com cabo e/ou MMDS. Já o DTH (transmissão via satélite) cobre todo o território nacional. Só os associados da ABTA já encaminharam pelo menos uma centena de pedidos de novas licenças à Anatel. “Quando isso for liberado, com certeza teremos um grande crescimento em novas operações”, estima Annenberg. Com novas praças e mais assinantes, os números do faturamento publicitário do meio também devem se ampliar.
Novas regras
A indústria brasileira de TV por assinatura vive um novo momento também em termos de ambiente de negócios e de conteúdo. Tudo por conta da Lei nº 12.485/2011 (que ficou conhecida como Lei do SeAC, ou Serviço de Acesso Condicionado). As novas regras liberam a entrada das operadoras de telefonia no segmento de pay TV e determinam cotas de conteúdo nacional a serem exibidos nos canais pagos. Determinam também a oferta de um número mínimo de canais brasileiros por pacote.
“Haverá alterações profundas no tipo de programação, com a entrada de novos canais e mudanças das características dos que já estão no ar, também em função do crescimento do setor e da ampliação do número de assinantes”, diz Rubens Glasberg, presidente da Converge Comunicações, que organiza o evento da ABTA. Esta 20ª edição contará com a participação de 215 empresas e com a realização de 14 sessões especiais, que discutirão questões operacionais, regulatórias, tecnológicas e de programação.
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