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Podpah: de videocast a hub de conteúdo

Victor Assis, CEO do canal, explica as principais estratégias para atrair as marcas e a transição de modelo de negócios


1 de novembro de 2022 - 6h03

Com a mudança para hub de conteúdo, Podpah lança novos programas e quer desbravar novos públicos (Crédito: Divulgação)

“O podcast mais zika da internet se tornou o canal mais zika da internet”. Foi a frase que o CEO do Podpah, Victor Assis, usou para explicar a transição do canal voltado ao videocast, que tem Igão e Mítico como protagonistas, para um canal com dois novos programas: Rango Brabo, com Diego Defante, e Quebrada F.C, com Jukanalha.

Para garantir audiência consolidada com mais de 70 milhões de views por mês, a equipe teve que consolidar uma marca forte no mercado com identificação com anunciantes e público. As inserções de forma orgânica de produtos do dia a dia são uma das principais estratégias para atrair as marcas e se tornar um lugar seguro para elas. Além disso, a criação de novos produtos é aposta na hora de atrair a atenção do público e de parceiros. Com background de desenvolvimento de imagem de marca, com passagens por Adidas, Edelman e S.E.Palmeiras, o executivo avalia essa movimentação como estratégica para o sucesso de um negócio.

O Podpah e as marcas

Meio & Mensagem – Quais são os desafios de criar um plano de negócios para o formato videocast?
Victor Assis – Começamos o Podpah num momento muito embrionário do cenário de podcast no Brasil. Desde a criação do logo até a decisão do que ia aparecer ou não na tela, foi muito pensado para criar uma marca que fosse brand safe. O convidado sempre fica à vontade, mas tomamos muito cuidado com tudo o que é falado e que aparece na câmera, para, se uma marca vir aquilo, ele se tornar um conteúdo que ela iria gostar de estar inserida. Conforme o Podpah foi acontecendo as marcas foram conhecendo as ideias, opiniões, quem é o Igor e o Mítico, e o quem são como comunicadores, porque a imagem deles era uma e é outra hoje. E conforme eles foram expressando as ideias, as marcas foram conhecendo e se sentindo mais confortáveis em estar com a gente. Essa construção é muito pensada: como você se torna uma marca brand safe? Como você se torna um programa responsável, com opiniões responsáveis, que condiz com o que as marcas, as pessoas, e a sociedade pensa? É muito importante.

M&M – Quais são as principais estratégias do canal para atrair as marcas para o podcast e agora para o canal?
Assis – Temos seguimentos que são muito importantes e que estão presentes no lifestyle do Igor e do Mítico, que são os hosts do Podpah. Cerveja é uma delas. Eles consomem muito futebol, então a primeira marca que levantamos a mão para conversar foi a Brahma, porque é a marca que mais conversa com o esporte no Brasil, e é popular que é o que eles são. O que eles gostam é essa cerveja que eles consomem no dia a dia, com o pai deles, em um churrasco, é Brahma que eles vão tomar. Procuramos os segmentos que estão no cotidiano deles paara trazer para dentro do Podpah. Naturalmente, outras marcas acabam nos procurando, porque enxergam relevância ali, acham que é um bom lugar anunciar. Por isso, tentamos criar uma relação a longo prazo, construir histórias, construir uma marca para a nossa audiência reconhecer.

Conexão com o público

M&M – Quais são os desafios pra você ao fazer a inserção dessas marcas em videocast?
Assis – Normalmente quando pedimos um briefing para um parceiro, solicitamos que mandem de seis a sete tópicos sobre o que os meninos têm que falar, com características do produto e do serviço. Porque se vier um discurso, eles vão ler e ficará mecânico, não vai funcionar. Se o que eles precisam falar vier em tópicos, isso acontecerá da forma mais orgânica possível para passar aquela mensagem.

M&M – E como isso é feito?
Assis – O primeiro ponto é o speach, que é o endosso de marca. O espectador já tem uma proximidade com o Igor e com o Mítico e isso acaba criando uma intimidade com eles, mesmo que virtual. O que eles falam, as pessoas levam em consideração. Pode acontecer uma inserção em QR Code, para quem está assistindo o Podcast na TV, que representa 40% da nossa audiência. Só que ao mesmo tempo tem gente que acompanha pelo celular, por isso pedimos também um link para pôr na descrição. Falamos sempre para o cliente: o Podpah, ao mesmo tempo que ele é um tiro de canhão com as lives, também é um long tail, que através dos cortes que saem entre duas ou três horas depois, e vai fazer esse conteúdo durar alguns meses. São entregas pensadas 360º. Tem o adicional que são as marcas que ativam as redes sociais dos meninos.

M&M –Como é a metrificação disso?
Assis – Não é um relatório rápido. Precisamos analisar os dados. Assim que acaba o episódio, temos que baixar um relatório. Normalmente o link é traqueado, e o próprio cliente tem acesso, mas conseguimos mandar um overview com tempo assistido do vídeo. Quando é com redes sociais, o próprio Instagram, Facebook, Twitter nos dá dados. Temos que baixar os relatórios montar um relatório para mandar isso para o cliente. Costumamos fazer isso para as marcas, mas não é algo simples.

M&M – Vocês fizeram alguns pequenos testes com audiência, tentaram conversar para entender o seria interessante para vocês trazerem e isso se conecta com o fato de vocês terem uma audiência pulverizada com bastante gente, com pessoas que gostam de coisas diferentes, mas que estão ali pra acompanhar os meninos no dia a dia. Como que é para ter novas propriedades nessa disputa da atenção do espectador?
Assis – É sempre difícil. Todo dia tem um projeto, conteúdo ou programa novos. Mas ao mesmo tempo acreditamos que o Podpah já tem uma relevância e que essa força faz com que, quando apresentamos um novo programa, as pessoas pelo menos vão assistir uma ou duas vezes para ver se é legal. Temos essa carta na manga. Só que o programa precisa ser bom. Podemos ter um bom programa, um bom apresentador, mas esse conteúdo no final precisa estar editado, precisa estar pronto para ser um ótimo conteúdo. Porque só carregar o nome de que é um programa do Podpah não vai funcionar. É essa pressão que temos do nosso lado. É a internet. Podemos lançar um outro programa daqui a alguns meses que não vai fazer uma temporada e vai descontinuar. É um jogo de tentativa e erro.

M&M – Vocês se baseiam em que quando estão pensando nesses novos produtos?
Assis – Sempre falo que a criatividade é 80% inspiração, 20%, de fato, criatividade. Porque lendo um livro, ouvindo uma música, assistindo um programa, você se inspira e adquire ideias e de repente junta duas, três, quatro, cinco coisas, e pensa em um novo projeto. Sobre os programas que estamos pensando, alguns são inspirados em coisas já vimos e trazemos para um formato PodPah. Tem outros que pensamos que poderia ser um formato legal. É muito importante os apresentadores, as pessoas que forem estar à frente desses programas tenham conexão com o nosso público, isso é fundamental para que o programa nasça.

M&M – Qual é a expectativa para o #NossaSeleça, para cobertura lá no Catar. Como é que vocês estão enxergando isso e o que vocês esperam de troca com audiência em relação a esse conteúdo?
Assis – Gostaríamos de entrevistar pessoas que são relevantes paro cenário, como grandes personalidades futebol que vão estar lá. Como convidados, a expectativa é falar com essas personalidades. Como audiência, a ideia é mostrar o que é o Catar, qual é a atmosfera de Copa do Mundo. O Podepah nunca esteve na cobertura dessa competição, queremos trazer ao público como é a chegada no estádio e os bastidores. O Catar é um país que é muito distante, culturalmente, e diferente do nosso. Não são muitas pessoas que vão como se fosse uma copa na América do Sul ou até na América do Norte, que seriam acho que mais acessível pro pra brasileiros.

M&M – E você acha que o fato de o Igão e o Mítico serem personalidades da internet, que estão em contato com o público jovem, ajuda a conectar a seleção brasileira com esse público que ainda não viu o Brasil ser campeão?
Assis – Acho, sim. Eu peguei a Copa de 2002. Lembro de acordar de madrugada para assistir jogo. O Igor nunca viveu o Brasil campeão da copa. O público mais jovem que não viveu isso, não tem a conexão com o Brasil, como lá em 2002 as pessoas tinham. Acho que passa por isso também. E não só o Igor e o Mítico, mas outros influenciadores que também estarão lá para reconectar um pouco a torcida com o Brasil. Acho que isso se perdeu ao longo do tempo por diversos motivos. É uma oportunidade legal e se for campeão vai ser demais.

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