Você já fez um stories hoje?
Facebook se junta ao Snapchat, Instagram e WhatsApp e passa a ter o seu formato de fotos e vídeos efêmeros, analistas discutem possível banalização
Facebook se junta ao Snapchat, Instagram e WhatsApp e passa a ter o seu formato de fotos e vídeos efêmeros, analistas discutem possível banalização
Luiz Gustavo Pacete
30 de março de 2017 - 7h34
Em 2012, Mark Zuckerberg, criador do Facebook, tentou comprar o Snapchat por mais de uma vez. Não conseguiu. Desde então, o Snapchat vinha crescendo e se apresentado como uma grande ameaça ao Instagram até que, no ano passado, Zuckerberg lançou o Instagram Stories, com funções semelhantes a do concorrente, e abalou a estratégia do Snapchat.
Quem imaginou, porém, que Zuckerberg pararia por aí se enganou. Posteriormente, o Stories foi para o Messenger e WhatsApp. Na última terça-feira, 28, esse ciclo se fechou quando o próprio Facebook anunciou a criação do seu Stories. A novidade ganhou as redes sociais sendo fonte de dezenas de memes ironizando o fato de todas as principais redes sociais terem aderido ao formato. Dentre eles, está o da Netflix que postou no Twitter uma versão fictícia do seu Stories.
Bruno Bernardo, sócio-diretor executivo de planejamento da Peppery, não vê problemas na repetição do formato. “A repetição não banaliza o formato. Mas o risco é o processo de banalização da ferramenta. Só que um deles chegará vivo no fim desta corrida. Tanto o Instagram quanto o Facebook apresentam apelos maiores que o WhatsApp, por exemplo, e até mesmo o Snapchat. Mas a ferramenta tem a cara do Instagram e o Stories é, até o momento, a grande aposta”, diz.
“O lançamento do Facebook Stories é positivo por dois motivos. Primeiro, porque apresenta o formato para novas audiências, que não estão no Instagram e no Snapchat. Em segundo lugar, e mais importante, é que a ferramenta amplifica a utilização de vídeos, popularizando ainda mais esta mídia como uma nova forma de se comunicar. Do mesmo jeito que no começo do Facebook não era possível publicar fotos e vídeos, talvez, em um futuro não tão distante, o texto quase não exista por lá”, diz Daniela Giuntini, gerente de comunicação digital da RMA Comunicação.
Instagram x Snapchat
Rafael Kiso, fundador da mLabs, plataforma de gerenciamento de redes sociais, lembra que, apesar de o Snapchat ter lançado o formato, foi o Instagram que deu projeção e melhores ferramentas ao aplicativo. “Com a chegada do Stories e suas atualizações quase que semanais, contemplando transmissões ao-vivo, analytics, mídia paga, integração com artigos, vêm se somando ao Instagram uma grande vantagem nessa corrida”, explica Rafael. Para Vicente Varela, VP de inteligência digital da DM9, o Instagram Stories minimizou a exclusividade da experiência de usabilidade do usuário do Snapchat. “Acredito que as plataformas não são concorrentes diretas, pois ainda temos um público mais qualificado e curador de conteúdo no Instagram, enquanto no Snapchat temos um público mais jovem e imediatista”, observa.
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King