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NRF 2023: meus filhos são Geração A, e agora?

A NRF chegou ao final e saio daqui com muitos insights, ideias a serem implementadas, tendências para o futuro, mas uma para não esquecer: os meus filhos são da Geração A


19 de janeiro de 2023 - 10h16

(Crédito: Divulgação/Allan Barros)

Chegou ao fim a 113ª edição da NRF Retail’s Big Show, o maior evento de varejo do mundo e saio daqui com a cabeça, literalmente, borbulhando de ideias. Quantas coisas legais que eu pude ouvir, quantas pessoas interessantes e dispostas a aprender eu conheci e além: quantas novidades o mercado de varejo pode proporcionar para os mais diferentes segmentos e setores. Estava com expectativas altas e elas foram superadas pelo evento.

O último dia foi marcado por um keynote bem interessante do Chairman e CEO da LVMH Inc, detentora de marcas, como Möet et Chandon, Louis Vuitton, Fendi, Tiffany&Co e outras 71 grifes de luxo. Anish Melwani falou sobre inflação, tema latente no evento como um todo, e como deixar uma marca centenária relevante e em alta no mercado de luxo.

Mesmo sendo tradicional, a Louis Vuitton, por exemplo, consegue ser inovadora e estar antenada às tendências, ou seja, tornar-se, sempre, relevante. Quem acompanhou a Copa do Mundo, ou mesmo quem estava totalmente por fora, deve ter se deparado com a campanha feita com Cristiano Ronaldo e Messi, que resultou em uma das fotos mais compartilhadas de todo o Instagram na história. Um dos segredos de sucesso da marca.

Também foi falado muito sobre os consumidores das marcas de luxo, que não querem mais apenas produtos, mas experiências. O grupo recentemente adquiriu a rede de hotéis Belmont e vem trazendo o melhor da experiência de hospedagem, além da restauração de lugares icônicos, como o Copacabana Palace, no Brasil. É o ir além para fazer a diferença.

E falando em consumidores, esse foi um tema que me deixou bastante intrigada e pensativa: tenho dois filhos, uma menina e um menino e, por mais que eu já soubesse, a NRF confirmou: eles são da Geração A e vão consumir de um jeito totalmente diferente do meu e até da Geração Z, que é quem está ditando as últimas tendências e trazendo disrupções para o mercado.

Para quem não está familiarizado com as gerações, funciona mais ou menos assim: a A tem menos de 13 anos, já a Geração Z, são os nascidos entre os anos de 1995 e 2010. E o que mais me impressionou nisso é que a Geração A, mesmo com 13 anos ou menos, já está ditando tendências e causando preocupação nos mercados e varejos de marcas como a Tiffany. E tudo isso por serem muito autoconfiantes e saberem exatamente o que querem. O avanço dessa geração é muito rápido e os comportamentos precisam ser analisados minuciosamente para não perdermos nada. Bom que eu terei dois belos exemplos em casa e poderei ficar de olho. Mas, já sei que será algo completamente diferente do que vivo e conheço hoje. Terei que me adaptar e ser curiosa, como uma boa Millennials.

Entendi também que o mercado de resale deve virar forte tendência e as marcas terão que olhar para isso, de um jeito ou de outro. Lee Peterson, que também falou no último dia, explicou que os varejistas precisam olhar para esse lado da revenda em suas lojas e trazer um tráfego maior para elas, só que de uma forma organizada e com boa experiência para o cliente. Em uma pesquisa realizada, dita por Lee, a maioria das pessoas contaram que compram seus itens usados em brechós do Exército da Salvação. Mas, hoje você já pode encontrar lojas especializadas fazendo isso de uma forma colaborativa, entregando experiências excelentes e, claro, um produto de qualidade.

As tendências estão aí, ditas e repetidas na NRF. Se for como no ano passado, eles acertaram em cheio e 2023 será repleto de experiências voltadas para o cliente, sustentabilidade, economia circular, propósito e atenção às gerações que estão chegando.

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