Sendo criativo dentro da caixa
ROI: para fechar a conta, a conta tem que fechar
ROI: para fechar a conta, a conta tem que fechar
23 de setembro de 2016 - 14h27
Podemos comparar o que vimos no 2º e último dia de apresentações da P2P Expo com a lição dada a Peter Parker por seu tio Ben quando ele fala: “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”.
Nesta quinta-feira, 22, vimos o quão poderosos podem ser os smartphones e as diversas maneiras que ele pode e deve ser inserido em toda a jornada do shopper, além de nos proporcionar também informação sobre hábitos que nos ajudam a formatar a aplicar estratégias bem mais segmentadas e precisas. Mas da mesma forma que a tecnologia nos auxilia no planejamento e na execução de cada iniciativa, ela também tem um papel fundamental na mensuração e avaliação daquilo que foi executado.
A maioria das palestras que assistimos abordou um tema que já está no radar de muitas empresas no Brasil: o ROI de campanhas, materiais e ações no PDV, seja ele físico ou digital. Quanto cada $ investido trouxe de resultado. E em meio a tantos clientes da indústria e varejistas vimos que a dificuldade de chegar no resultado é uma angústia compartilhada por todos, mas que nós, criativos que somos, temos a oportunidade de ousar e pensar como essa mensuração pode ser otimizada. E com o uso da tecnologia, isso se tornou bem mais real e viável.Entenda o que queremos dizer: a frase mais repetida foi “tenham metas claras e isso permitirá que saibam o que olhar e o que registrar como sucesso ou não”. Uma vez definidos os KPIs, você deve usá-los constantemente para avaliar a estratégia, escolha de canais, escolha de shoppers, o material, o tipo de promoção ou touch points em geral da campanha antes e depois do PDV:
1. É preciso ter objetivos únicos e claros, e sermos fiéis a eles do início ao fim.
2. O uso de legendas pode organizar o histórico desses objetivos: Keep (continue), optimize (otimize) ou delete (apague). Como é isso? Uma vez feita a ação, os aprendizados devem ser lidos e acompanhados constantemente para avaliar se a ação merece ser mantida como era originalmente, otimizada com algumas melhoras ou se não foi boa mesmo, fica como histórico a lição para não repeti-la.
Ainda falando sobre resultados, o 2º tema mais recorrente foi: varejista e indústria trabalhando em parceria para trazer o melhor para quem vai até a loja. Algumas dicas úteis de situações cotidianas que foram usadas como exemplos e com resultados práticos norteando o relacionamento entre a indústria, o varejo e o shopper:
1. Lançamento de produtos
A indústria compromete grande parte de seu orçamento em campanhas focadas apenas em um novo produto. Pensando em ROI, uma melhor saída seria usar o lançamento como argumento para o aumento de uma cesta já com outros produtos da mesma companhia.
2. Geração de fluxo pra loja
Varejistas entregam visibilidade na loja e a indústria divide com ele a responsabilidade de gerar fluxo para ela (nasce aí uma nova métrica para o varejo avaliar seus reais parceiros). A indústria passa a promover uma ocasião de consumo que traga o shopper para a loja e o faça adicionar outros produtos à sua cesta.
3. Decida com o contexto do shopper
O shopper está no comando e cabe a nós, profissionais de shopper marketing, entender aquilo que eles querem e facilitarmos a sua vida para que eles nos ajudem a obtermos o nosso resultado. Isto é, comprem!
E em tempos onde cada US$ (ou R$, no nosso caso) é bem mais disputado e difícil de ser conquistado, o shopper marketing é bem pragmático. As ações precisam gerar resultados tangíveis e reais. Afinal, somos uma ferramenta de marketing com objetivos de vendas.
A P2P Expo acabou, mas nos deixou lições que podemos aplicar no nosso mercado. Para resumir em duas palavras esses dois dias, podemos dizer: mobile e resultado. Todo o poder que os smartphones nos trazem vem acompanhados da responsabilidade de entregar os resultados propostos.Apenas para terminar o dia de maneira leve depois de tantos números, assistimos a uma apresentação de um projeto da Kelloggs em parceria com a Marvel para o filme Capitão América – Guerra Cívil, que foi uma verdadeira aula de como utilizar realidade virtual no PDV de forma customizada e escalável ao mesmo tempo (foto). Não sabemos se o Tio Ben sabia alguma coisa de shopper marketing, mas a julgar por esse trabalho da Marvel, é melhor ouvir o que ele diz.
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