Agora que você tem os dados, anda fazendo o que com eles?
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8 de dezembro de 2021 - 14h00
A consultoria Capgemini, em pesquisa internacional com CMOs, descobriu que enquanto 74% desses executivos são responsáveis pela gestão de dados em suas companhias, apenas 11% confessam ter de fato habilidade e conhecimento suficiente para fazer essa gestão efetivamente transformadora e rentável para os negócios de sua empresa e o marketing em geral.
Não sei não, mas intuo que se fizéssemos essa pesquisa no Brasil, talvez o número fosse menor ainda em ambos os indicadores.
Foi-se o tempo em que – e eu ouvi isso um monte – profissionais de marketing reclamavam da internet uma promessa que ela hipoteticamente não estaria cumprindo, isso há poucos anos, que seria trazer dados para a mesa de decisões de marketing e vendas. Não faz tanto tempo assim isso e parece que faz um século, porque uma afirmação dessa já na época era tonta e hoje seria esdrúxula. Ou ignorância no úrtimo.
O fato real é que os dados estão transbordando da mesa e o problema agora passou a ser quais deles são efetivamente importantes para o marketing e os negócios, quais deles movem o ponteiro da eficácia, da comunicação, do engajamento e das vendas. E, ao final, o bottom line de resultados das companhias.
Em artigo que publiquei no ProXXIma xxxx, eu já alertava sore isso com o título: Anunciantes estão ligadaços em métricas. As erradas. Abaixo, coloco um link para você ler, se interessar.
É uma armadilha, não se engane. O mundo anda de fato conspirando contra os gestores de dados e marketing, porque essa é verdadeiramente uma tarefa complexa e cada vez mais intricada e a maioria esmagadora dos profissionais do setor, como revela a pesquisa da consultoria, não está de fato preparada para encarar essa subida do Everest.
Pois eu tenho uma dica muito idiota de tão simples para resolver esse problema: contrate quem sabe.
Tem um cacetão de profissionais de ciência de dados por aí. Tem também outro cacetão de empresas especializadas nisso, grandes e pequenas, para ajudar a desbastar essa floresta.
Publico esta semana um post no meu blog Innovation Insider no qual transcrevo artigo sobre a Nike, no qual vemos como ela anda tratando seus dados. Pois ela simplesmente não só contratou empresas especializadas terceirizadas, como comprou duas delas. E hoje a sua área Nike Direct, que controla os dados de consumo de seus produtos, responde simplesmente por 38% da receita da empresa. Esses caras estão sabendo o que fazer com dados.
Sei que há no mercado quem resista a essa iniciativa, porque talvez ainda não tenha se dado conta de que marketing e dados são sinônimos e um sem o outro simplesmente não existem hoje. E se você não jogar esse jogo direito, está fora do jogo. Já perdeu. Foi eliminado.
Pense bem o que anda fazendo com os dados que já estão na sua mesa. Ou corre o risco de cair para a Série B. Se é que já não está nela e nem percebeu.
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