Pyr Marcondes
9 de setembro de 2019 - 6h12
Washington Olivetto, Marcello Serpa, Alexandre Gama, Fábio Fernandes, Celso Loducca, os gênios da criação, Roberto Justus, Sérgio Amado, Octávio Florisbal, ícones dos negócios …
Antes deles Mauro Salles, Geraldo Alonso, Alex Periscinotto, Roberto Duailibi, Francesc Peti, José Zaragoza, Petrônio Corrêa, Luis Macedo, Antônio Mahfuz, Caio Domingues, Julio Ribeiro, Renato Castelo Branco , Roberto Civita …
E antes ainda e pioneiro de todos, Assis Chateaubriand, as famílias Machado de Carvalho e Saad, e, deixei por último porque na verdade, em minha opinião, é o topo de toda essa lista, Roberto Marinho.
Alguns ciclos e algumas eras foram ficando para trás na história da nossa indústria e esta que vivemos não está sendo diferente.
O bloco de nomes lá de cima está deixando a boca de cena e não há, entre os indiscutivelmente valorosos e competentes novos líderes da nossa indústria, personalidades empresariais de peso histórico pioneiro e transformador justamente comparável aos que lhes antecederam e construíram os pilares deste negócio.
A internacionalização da nossa indústria está apagando, ano após ano, inexoravelmente, da porta de entrada das nossas principais empresas e grupos nacionais, os nomes de quem tudo fez e tudo construiu.
E não temos no nosso plantel Steves Jobs, Jeffs Bezos, Sergeys Brins, Larrys Pages e Marks Zukerbergs, astros globais icônicos dos novos tempos, para substituí-los.
Uma indústria sem rosto aparente se configura no lugar de uma histórica, com tantas faces e cabeças brilhantes.
Acabou, chorare, diriam os Novos (Velhos) Baianos.
Só que chorar, no mundo dos negócios, não leva a lugar algum e, como diria uma outra mente brilhante da nossa indústria, outro construtor de negócios, história e cultura, Nizan Guanaes, ainda na ativa, num mercado em que todo mundo chora, preferível vender lenços.
A nova indústria do marketing e da comunicação do Brasil começa a deixar de ser de marketing e comunicação para ser algo ampliado e bem maior, em que disciplinas, talentos e habilidades, linhas de negócio e novos ecossistemas empresariais inteiros começam a se aglutinar uns ao lado dos outros, transformando nosso setor num turbilhão multisetorial. Maior, mais amplo e mais rico de possibilidades e oportunidades não para poucos líderes, mas para uma massa gigantesca de jovens e renovados talentos mais bem formados e bem informados do que todos os (intuitivos) do passado juntos.
A nova cadeia hierárquica de comandos e lideranças é, essencialmente, e em sua alma, compartilhada, colaborativa e coletiva.
Deuses e semi-deuses do passado ficarão para sempre em seu intocável panteão de méritos e coroas, enquanto gerações e mais gerações de novas mentes inquietas e inconformadas, oxigenadas pela fome sem fim do disruptivo, vão nos propor a recorrente renovação e revigoração de valores e práticas, como nosso novo feijão com arroz.
Não há História que ande para trás.
Sem jamais esquecer ou deixar de reverenciar nosso passado e nossos antepassados, melhor olhar pra frente, ungir-se de futuro e acelerar.
É no que eu, do fundo de mim, acredito.
(*) Meu critério para citar empresas e pessoas aqui foi o de terem deixado o protagonismo da indústria, por afastamento ou porque simplesmente nos deixaram… não citei o Silvio Santos porque ele continua ativo.
(**) Posso ter esquecido alguém, e por isso peço desculpas desde já, se fui involuntariamente injusto.
(***) Outros que não citei é porque não considero qualificados para fazerem parte desse dream team, resguardadas aqui as contribuições de todos a nossa indústria.