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Cannabis: o barato de uma indústria global de US$ 345 bi

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Cannabis: o barato de uma indústria global de US$ 345 bi

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3 de fevereiro de 2021 - 8h00

Estima-se que aproximadamente mais de 260 milhões de pessoas consumam cannabis no mundo hoje. O mercado regulado e lícito é estimado em US $345Bi, sendo dividido globalmente nos continentes da seguinte forma:

– Asia (US $132.9 Bi)

– América do Norte  (US $85.6 Bi)

– Europa (US $68.5 Bi)

– África (US $37.3 Bi)

– América Latina (US $9.8 Bi).

No segundo maior mercado do mundo, o dos EUA, a cada ano, mais e mais estados criam legislações próprias de liberação de plantio e comercialização. Mas tanto lá como na maior parte do Planeta, a legalização é lenta e enfrenta inúmeros obstáculos que nascem nas discussões sobre seus efeitos maléficos para os cidadãos e a sociedade, de comportamento e valores, portanto, até as decorrentes barreiras legais restritivas e toda a dificuldade de estruturas e operar empresas no setor.

Apesar disso, a indústria da cannabis segue sendo listada por analistas econômicos e investidores como uma das mais promissoras apostas nascentes da economia global.

Há o registro de aproximadamente 25 mil produtos diferentes derivados da cannabis nos mercados em que houve sua legalização, espalhados em setores como o de medicamentos, têxtil, embalagens, roupas, bebidas, energia e biocombustíveis, alimentício, beleza e muitos mais, além de todos os mercados conexos a esses, como os macro setores do varejo, e-commerce, logística e, claro, o do marketing e da comunicação. 

Os maiores avanços no setor, como praticamente tudo hoje no mundo, ocorre no ambiente das startups, que ou já operam legalmente ou esperam a abertura da legislação em vários países para iniciarem suas operações. Nelas, pesquisas e desenvolvimento de um sem número de produtos e serviços em todos esses setores acima citados estão sendo desenvolvidas de forma a disromper o sistema antes mesmo que ele, de fato, exista em nível internacional.

O Brasil dá suas tragadas nesse mercado, mas se alucina mais com as cepas medicinal (cannabis sativa) e industrial da cannabis, o cânhamo, ou hemp, ambas de comercialização e industrialização legal no País (o plantio ainda não).

A projeção é de que a maconha medicinal movimenta mais do que R$ 4,7 Bi no País, segundo dados da New Frontier Data, autoridade global da indústria de cannabis, em parceria com a The Green Hub.

The Green Hub é uma viagem bastante lúcida de um dos maiores conhecedores e empreendedores do setor no Brasil, o Marcelo De Vita Grecco, seu co-fundador e CMO. Trata-se da primeira consultoria e aceleradora brasileira dedicada exclusivamente ao ecossistema da cannabis.

O Grecco é não somente um empreendedor desse mercado, mas um embaixador em prol da criação do melhor ambiente para o desenvolvimento do ecossistema da cadeia produtiva do cânhamo e da cannabis no País. Conhece com muita propriedade o mapa de oportunidades de negócios e as questões em torno do potencial econômico e social, bem como questões relacionadas aos marcos regulatórios.

Para ele, liberar o cultivo do cânhamo seria o primeiro grande passo para atingir um PIB mais robusto do setor e do País, em pouco tempo e de forma sustentável. 

Na agricultura, exemplifica ele, “o cultivo do cânhamo abre perspectivas de rápido retorno aos agricultores. Da planta tudo se aproveita. Além dos micronutrientes essenciais, a semente de cânhamo oferece as mais altas concentrações de proteínas derivadas de qualquer alimento à base de plantas. Seu óleo rico em nutrientes pode ser processado de forma barata e usado como terapia de baixo custo. O cânhamo produz uma das fibras vegetais mais fortes já conhecidas, adequada para cordas e outras fibras naturais”.

A liberação da cannabis, dentro dos parâmetros já adotados em vários países do mundo, é uma inevitabilidade. Bem-vinda.

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