Pyr Marcondes
15 de fevereiro de 2019 - 7h50
Tem muito criativo das últimas gerações de criativos que, quando se fala de negócios, vira a cara, como não fosse com eles. Mas muito.
Lee Clow sentava com o Steve Jobs não para decidir como ter uma campanha mais criativa, mas como mudar o business da Apple. Ao ajudar a mudar o business da Apple, eles mudaram a história do mundo. De quebra, mas apenas em segundo lugar, Lee Clow mudou a história da propaganda.
A ordem é essa, nunca a inversa.
Fui diretor de criação durante 10 anos. Médio, não mais que isso. Mas conheço o ofício, de saber fazer. Se me derem um job hoje, ainda entrego. Médio, como sempre, mas entrego. Sei fazer.
Dou essa carteirada porque quando falo o que falo aqui, falo não de ouvir dizer, falo como quem já enfiou a porra da mão na massa.
Não me lembro de ter visto oportunidade criativa maior em toda a história da criatividade publicitária e da nossa indústria do que o momento que vivemos hoje. Os recursos são infinitos. As oportunidades idem. Falta parte relevante dos criativos entender que se criarem como o Lee Clow criava, vão transformar negócios inteiros, indústrias inteiras se quiserem e ousarem, e não ficar criando campanhas como se fossem menininhos e menininhas manhosas e mimadas.
Se você é de agência, leia este artigo sobre criação, criatividade e empreendedorismo do The Drum, com o sugestivo título que diz … ou você, criativo, se torna empreendedor ou vai ficar irrelevante. Se você é criativo, leia duas vezes. E sai dessa, coração!