Awin divulga relatório do marketing de afiliação no Brasil e no mundo

ProXXIma
1 de novembro de 2017 - 11h04

Na última semana, a rede de afiliação Awin, que conecta anunciantes a afiliados em 180 países do mundo, divulgou seu relatório anual no qual mostra resultados e aponta tendências para o marketing de afiliação em escala global. A Awin conecta 6 mil anunciantes a 100 mil afiliados em todo o mundo e enxerga o Brasil como um dos mercados mais promissores no que diz respeito ao marketing digital e ao comércio eletrônico de uma maneira geral.

Falando de vendas mobile, por exemplo, entre os países que a Awin atua, o mercado brasileiro é o que mais cresce nos segmentos de telecom, viagens e serviços financeiros. O relatório atribui este bom desempenho, além de o Brasil ter 200 milhões de internautas, ao fato do país ter sediado a Copa do Mundo, as Olimpíadas e o poder de compra das classes menos abastadas ter crescido consideravelmente, que corresponde a um mercado consumidor de quase 30 milhões de pessoas.

O relatório comenta, também, sobre a incrível popularidade do Whatsapp no Brasil, que é usado por 95% dos brasileiros, e do Facebook, utilizado por 78%, atribuindo como razões dessa hegemonia o fato de estes tipos de comunicação substituírem as ligações via celular e mensagens SMS que, no Brasil, ainda custam muito mais caro que em outros países.

Do total de vendas feitas via afiliados da rede de afiliação da Awin no Brasil, 83% são feitas via desktop, e 32% via dispositivos móveis. Os modelos mais populares no mercado nacional de marketing de afiliação são os cupons de desconto (34%), seguidos dos programas de cashback (26%), do display (16%) e do marketing de conteúdo (11%).

A razão de os cupons de desconto liderarem esta lista, apontada pelo report, é o perfil mais consciente do brasileiro em relação às outras nacionalidades, algo provocado muito por conta da imprevisibilidade da economia nacional, que nos ensinou a gostar mais de promoções e descontos do que outros povos.

Também por este motivo, de acordo com a Awin, não foi nenhuma surpresa quando, em poucas edições, a Black Friday foi completamente incorporada ao calendário nacional do e-commerce. Mais de 150 mil vendas foram realizadas totalizando um faturamento de R$ 65,7 milhões.

Outro ponto interessante expresso no relatório é que os brasileiros são mais rapidamente convencidos a comprar. Enquanto espanhóis e britânicos levam mais de 2h30 para decidir por uma compra, os brasileiros fazem isso em apenas uma hora.

Neste contexto de recessão econômica e altas taxas de desemprego, se faz ainda mais surpreendente o desempenho do mercado de marketing de afiliação nacional. Anualmente, os gastos com marketing digital crescem a índices superiores aos dos juros.

Relatório traz uma ainda projeção da eMarketer’s, indicando que, dos US$ 15 bilhões gastos com mídia no Brasil em 2017, 22% irá para o meio digital, roubando um pouco do investimento na mídia televisiva, cuja porcentagem está caindo, mas ainda ostenta consideráveis 52% dos investimentos em mídia no país.

Mobile

Em mobile, o país também se destaca e deve ter o maior investimento de todos os países da América Latina. No entanto, no que diz respeito à publicidade para mobile, ainda tem muito a crescer. Apesar de ser o quarto maior mercado do mundo em número de usuários, ainda amarga a nona posição quando o assunto é o investimento em publicidade mobile.

Em países mais desenvolvidos neste segmento, como, por exemplo, o México, metade de todo o investimento em publicidade é direcionado para o mercado mobile. Mas se por um lado, estes números indicam que o mercado ainda está imaturo, por outro lado, expressa o grande potencial de crescimento do setor.

Mercados consolidados

Outro ponto interessante trazido pelo relatório da Awin é que, mesmo em países onde o marketing de afiliação já se consolidou, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Holanda, este setor tem apresentado números significativos de crescimento.

De acordo com um outro relatório, da Forrester Research, o mercado norte-americano crescerá, em média, 10% por ano até 2020, gerando quase US$ 7 bilhões em comissões para os afiliados, cerca de R$ 22 bilhões. O mesmo relatório da Forrester revelou que cerca de 80% dos anunciantes norte-americanos trabalham com programas de afiliados e dedicam pelo menos 10% de todos os seus gastos com marketing digital por este canal.

Já no Reino Unido, de acordo com um estudo do Internet Advertising Bureau (IAB) em parceria com a PwC, o mercado nacional de marketing de afiliação gerou £ 1,6 bilhões, ou seja, R$ 6,83 milhões. O mesmo estudo mostra que, com € 1,3 bilhões (R$ 4,9 bilhões), o mercado alemão não está tão atrás do britânico. Também importantes dentro do cenário de marketing digital mundial, França (com € 226 milhões, cerca de R$ 859 milhões) e Holanda (€ 149 milhões, ou seja, R$ 566 milhões) completam a lista.

A Awin é uma rede global de afiliados que dá o novo nome para a junção das empresas Affiliate Window e zanox. Com 15 escritórios no mundo todo, 900 funcionários, 100.000 afiliados contribuintes e 6.000 anunciantes, a Awin atua em cerca de 180 países no mundo.