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Esquenta a briga pelo funil de conversão. Por Marcelo Sant?Iago

Twitter e Facebook vêm mesmo fortes buscando soluções diferentes e exclusivas que possam gerar a receita que eles tanto precisam entregar aos acionistas e investidores


1 de maio de 2013 - 2h38

Por Marcelo Sant’Iago
Vice-presidente de desenvolvimento de negócios da SapientNitro para AL

Semana passada, um amigo me encaminhou um artigo interessante publicado no Techcrunch que trata dos desafios que o Google terá que enfrentar diante da competição de Facebook e Twitter na parte debaixo do funil de conversão, historicamente dominado pelo gigante de Mountain View.

Junto com o link, a pergunta provocadora: “e aí, o que você acha?”. Bom, como eu sempre tenho opinião para tudo, a minha resposta foi mais ou menos essa:

O segundo maior site de buscas do mundo é o…YouTube. E não o Yahoo, nem o Bing. E assistir vídeos é uma das atividades mais populares na web, junto com realizar buscas e frequentar redes sociais.

Claro, a pressão que o novo Graph Search do Facebook vai colocar é enorme (ainda não posso opinar muito, pois não está disponível em meu perfil ainda), mas ele precisa evoluir para além de informações pessoais. Quanto a Facebook Ad Exchange, vale lembrar que ela beneficia-se de retargeting em sites de terceiros, sendo que grande parte hoje faz parte da… rede de conteúdo do Google.

Dessa forma, o Google está muito bem preparado para enfrentar essa mudança de comportamento e os novos concorrentes na parte de baixo do funil. O que o artigo não trata é como o Google está cada vez mais forte na parte de cima, com o próprio YouTube e sua DoubleClick Ad Exchange, que já é a maior do mercado. Assim, ele está firme na briga pelos dólares de intenção, consideração e awareness; ou “campanhas de branding", como a gente gosta de chamar por aqui.

Além disso, há alguns anos, o Google vem adquirindo empresas de retargeting, dynamic creative, DSP, SSP, mobile ad network, ad server e analytics para tornar-se a "one stop shop" em planejamento, compra, entrega, gerenciamento e avaliação de campanhas. Assim, somado aos link patrocinados, ele abocanhará boa parte dos "fragmented budgets" que o autor menciona no texto. A Adobe vem com uma estratégia semelhante e talvez seja quem está melhor preparado para enfrentar o Google.

A briga vai ser boa, sem dúvida. Mas o Google ainda tem muita lenha pra queimar.

Enfim: Twitter e Facebook vêm mesmo fortes buscando soluções diferentes e exclusivas (algumas nem tanto, como a FBX) que possam gerar a receita que eles tanto precisam entregar aos acionistas e investidores. Isso já coloca na cabeça de agências e anunciantes a questão "onde vou arrumar verba para mais isso e como farei para gerenciar mais estes canais?". A resposta é sempre a mesma: relevância, ROI, KPIs.

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