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Com NFT, Instagram dá passo em direção à Web 3.0

Gui Rios, da SA365, fala sobre os impactos dessa ferramenta para usuários e criadores de conteúdo


17 de maio de 2022 - 12h04

Recurso está sendo testado com um grupo de usuários nos Estados Unidos (Crédito: Ascannio/shutterstock)

Na última semana, o Instagram, empresa da Meta, começou os testes para o uso dos tokens não fungíveis (NFTs). Mark Zuckerberg, CEO da companhia, anunciou a testagem em post na rede social. Segundo o CEO do Instagram, Adam Mosseri, neste momento um pequeno grupo de usuários dos Estados Unidos poderá exibir NFTs em seu feed, Stories e mensagens. Os detalhes do produto são exibidos de maneira semelhante aos perfis e são chamados de “colecionáveis digitais”.

Esse passo em direção à Web 3.0 reforça o investimento das redes sociais e plataformas para atender essa tecnologia. Além do Instagram, o Spotify também anunciou o início dos testes para recurso que permite que os artistas do streaming de áudio consigam promover os seus tokens na plataforma. Por meio da ferramenta, os usuários poderão visualizar as artes antes de comprá-las em mercados externos.

No setor criativo, essa tecnologia tem influência direta, já que pode impactar as formas de trabalho e valorização de seus produtos. Além disso, quando se trata de economia, e geração de engajamento pode ser grande aliada para quem produz e consome ativos em NFTs. Esses recursos fazem parte de uma nova forma de economia que pode ser mais eficiente e benéfica para os produtores.

O diretor executivo e fundador da SA365 Gui Rios, fala sobre essa movimentação das plataformas, principalmente do Instagram, e como isso impacta as interações com os usuários e criadores de conteúdo.

Meio & Mensagem – Como a entrada dos NFTs no Instagram pode ajudar criadores de conteúdo?Gui Rios – A entrada dos NFTs no Instagram é uma oportunidade de massificar essa forma de criar valor para a arte digital. Ou seja, uma forma de tirar esse conceito dos porões da Internet e colocar numa das redes de maior audiência, e consequentemente, com maior chance de remuneração. Basicamente, a ideia é permitir que criadores de conteúdo publiquem e disponibilizem os NFTs assim como lojas disponibilizam produtos na rede.

M&M – Em que isso impacta na rede social?
Rios
– A rede fornece uma opção de ganho para os criadores de conteúdo que não afeta seu modelo típico de publicidade. Muitos creatrors, inclusive artistas digitais, negociam ações com marcas, utilizando a sua audiência, mas de maneira totalmente independente ou com ajuda de agências sem nenhuma ligação com a plataforma. Esse tipo de negociação concorre diretamente com os modelos de publicidade da rede, que apostam em interrupções entre um conteúdo e outro (posts e Stories patrocinados).

M&M – Você acredita que deve ser uma tendência entre as redes sociais?
Rios – Um ponto muito interessante que o próprio Adam Mosseri levantou é que há uma incoerência ao levar os NFTs, fruto da Web3, cujo propósito é a descentralização para o Instagram, uma rede que tem dono, e é centralizada. Isso ainda precisa ser mais bem resolvido. Mas, ao trazer oportunidades de ganhos para criadores de conteúdo, outras redes podem separar seus modelos de monetização, que são baseados em anúncios, das possibilidades de remuneração desses usuários. Nesse sentido acredito que ainda há espaço para amadurecer, mas há uma tendência nascendo.

M&M – Como essas redes podem aproveitar essa tecnologia?
Rios – Além dos pontos que já trouxe, sobre separação dos papéis, há também oportunidade de reforçar o conteúdo disponível nas redes, que pode misturar o que já conhecemos de retratos da vida das pessoas para mais e mais manifestações artísticas como imagens, vídeos e até músicas.

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