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Do nicho ao VR, cultura gamer ganha o mundo físico
Indústria do entretenimento presente na Game XP, que ocorre no Rio, foca em públicos além dos jogadores e na combinação do real e virtual
Do nicho ao VR, cultura gamer ganha o mundo físico
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BuscarIndústria do entretenimento presente na Game XP, que ocorre no Rio, foca em públicos além dos jogadores e na combinação do real e virtual
Luiz Gustavo Pacete
26 de julho de 2019 - 22h32
Ao buscar a palavra games no Google e clicar em notícias é provável que você encontre dezenas de matérias com termos que combinam o mundo físico e o digital. Exemplo: orquestra, arena, torcedores, avatares e personagens. A junção dos dois ambientes pode não ser nova, mas com a velocidade do crescimento da indústria de games e o aumento nos perfis de consumidores da cultura gamer, ela tem se tornado cada vez mais visível.
A Game XP, por exemplo, que ocorre de 25 a 28 de julho, no Rio, é o exemplo da combinação entre a emoção do mundo digital com a experiência do mundo real, mas ela não está sozinha haja vista a multiplicação de torneios e campeonatos de e-sports, ou jogos eletrônicos, que recriam esses ambientes. A consultoria Newzoo estima uma receita de US$ 148 bilhões de dólares da indústria de games em 2019 sendo os e-sports responsáveis ainda por apenas US$ 1 bilhão.
Montanha russa, torres de queda livre, corridas de kart, arenas de jogos eletrônicos e personagens dos games em pano e pelúcias, são amostras da materialização do universo dos games. Um dos elementos que motiva esse cenário é a diversidade de perfis do público gamer. De acordo com estudo da MindMiners para a Samsung, em dezembro do ano passado, com 800 pessoas, o gamer não é apenas quem joga profissionalmente, ou heavy user de consoles, mas qualquer pessoa que tenha contato frequente com um jogo, ainda que no celular. “Tem muitas pessoas que jogam todos os dias e nem se consideram gamers, isso muda a perspectiva que as marcas e agências dão a esse público”, explica Luiz Fernando Simabukulo, gerente de marketing corporativo da Samsung Brasil.
“Com cada vez mais perfis de públicos diferentes dentro dessa indústria, o desafio é recriar essa experiência nos mínimos detalhes para manter a conexão emocional do público com a diversão e o conteúdo. Queremos que todos saiam do evento com memórias inesquecíveis, envolvendo o mundo dos games de uma maneira totalmente inédita”, explica Roberta Coelho, CEO da Game XP.
Neste ano, a Oi mantém patrocínio master da Game XP, entre as outras marcas patrocinadoras estão Samsung, Guaraná Antárctica, Riachuelo, Nissin e Nescau. Na composição do desafio de tornar-se mais abrangente em termos de público, tecnologia e música tornaram-se componentes importantes na edição deste ano. Para Roberta, a tecnologia, neste caso, além de uma ferramenta, é aliada para geração de experiências. “No nosso parque, não existe uma divisão clara entre o mundo físico e o mundo virtual, eles se complementam”, explica.
Um dos organizadores do Game XP, em parceria com o Rock in Rio e o Grupo Omelete, o Grupo Globo aposta na imersão – VR e AR combinado com outras tecnologias com recriação dos ambientes de séries como The Vampire Diaries e Supernatural. “O grupo já é sócio do evento desde a edição passada. Além de todas as iniciativas que já realizamos com a área de esportes, nessa edição da Game XP estamos ampliando a presença levando entretenimento através de algumas de nossas marcas. A ideia é apresentar o nosso conteúdo, mas de uma forma que proporcione diversão ao público”, diz Paulo Marinho, diretor geral de canais e conteúdo do Grupo Globo.
Rodrigo Lopes, gerente de marketing de bebidas da Nestlé, cuja marca Nescau patrocina a Game XP, explica que para marcas que buscam a aproximação com o público jovem, o ecossistema gamer é muito relevante. “Para ser notado é importante fazer algo que seja fundamentado em suas crenças e que também seja relevante para o público. Nescau aproveita o que os jovens já curtem e se insere naturalmente. Tanto nosso jogo da bike, Thunder Space, quanto a tiroleza montadas na Game XP envolvem muita energia e movimento”, afirma. A Riachuelo, outra marca que vem ampliando seu investimento no ecossistema gamer, está presente com a aposta em licenciamento, uma vertente importante da materialização do mundo dos games.
“Para nos o maior desafio é conquistar o coração do fã. Por isso, temos um núcleo de design exclusivo e dedicado na criação das peças geek para traduzir essa paixão dos fãs em cada uma das peças. Acreditamos em criações que contem uma história, que traduzam essa conexão direta entre o cliente e o personagem e que acima de tudo surpreendam. Levamos o universo geek com muita seriedade e identificamos o seu potencial, desde o início. Resultado disso, foi a consolidação da Riachuelo neste mercado”, afirma Julia Medeiros, gerente de licenciamento da Riachuelo.
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