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IA e omnichannel: como aprofundar o uso das mídias digitais?
Jonathas Freitas, da ManyContent, aponta a constância do conteúdo como fundamental para a presença das marcas nas redes sociais
IA e omnichannel: como aprofundar o uso das mídias digitais?
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Giovana Oréfice
9 de fevereiro de 2022 - 12h28
Atualmente, a grande vitrine das empresas são as redes sociais. Levantamento realizado pela plataforma Cupom Válido, feito com base em informações da Hootsuite e WeAreSocial, indica que o Brasil é o terceiro país no mundo que mais utiliza mídias digitais. Dessa maneira, a presença nas plataformas é estratégia essencial para que marcas se aproximem do consumidor e, em cenário ideal, realizem a conversão em vendas e gerem impactos significativos na receita final. Contudo, as opções são inúmeras: entre Facebook, Twitter, Instagram e demais plataformas, como otimizar operações sem perder eficiência e manter a frequência necessária para se estabelecer no imaginário dos usuários? A ManyContent, plataforma que realiza automação para as rede sociais, aposta na inteligência artificial (IA) para a criação de conteúdos personalizados e gerenciamento das mídias e, em entrevista ao Meio & Mensagem, o cofundador Jonathas Freitas explica os benefícios da automação, limites da tecnologia e integração omnichannel entre as estratégias.
Meio & Mensagem – De que maneira a IA nas redes sociais assegura tomadas de decisão mais assertivas?
Jonathas Freitas – O passo mais importante é ter assertividade na leitura dos dados recebidos e predizer de forma fidedigna essas informações. Inclusive quando a ManyContent foi criada, tivemos que dar entrada para sermos homologadas pelas redes sociais mais importantes do mundo, assim conseguimos coletar todas as informações públicas, entender o perfil de consumo de conteúdo, entender como se escreve conteúdo nas redes sociais e depois de criar um banco de informações precisos, segmentados por categoria, ai foi a vez de trabalhar forte na criação de conteúdos automáticos através da leitura de dados gerados e fornecidos pelas redes sociais.
M&M – Como encontrar o equilíbrio entre a ação humana e automação nas plataformas digitais?
Freitas – Quando o assunto é rede social, eu vou separar em duas categorias diferentes, a primeira para uso pessoal: para essa pessoa, o mais importante é compartilhar momentos da sua vida, sem nenhum compromisso com o tipo de conteúdo ou frequência nas suas redes. Porém, quando a rede social é usada para negócios, nesse segundo cenário, as automações o ajudarão a ter mais produtividade e performance no gerenciamento e criação de conteúdos no seu perfil. Mas o trabalho “automatizado” precisa andar com o lado humano das redes. E quando usamos as redes sociais para uso de marca, influenciador, ou seja, para vender produto ou serviço, a constância do conteúdo é fundamental para você estar constantemente sendo relevante para os algoritmos das redes, e para essas pessoas a manycontent é uma mão na roda, pois além de criar conteúdos automáticos, a inteligência artificial também ajuda na hora de responder DMs, agendamento de publicações, tudo para facilitar que uma pessoa real, possa focar no mais importante: focar na estratégia e pensar em fazer conteúdos próprios mais criativos, que chamem atenção dos seguidores atuais e atraiam quem não te conhece. Hoje, o que todo o mundo está competindo o tempo todo é pela atenção do seu usuário, é nisso que ajudamos: a dar mais tempo para as pessoas focarem no que é importante e automatizar tudo que pode ser terceirizado para dar mais resultado na ponta final, que é criar conteúdos que sejam relevantes para o público final, que tenham uma alta taxa de engajamento por conta dos algoritmos de IA criados e que gerem valor para quem assina a plataforma.
M&M – Com redes sociais que geram comportamentos diversos entre os consumidores, como a análise omnichannel unifica dados relevantes?
Freitas – O jargão mais utilizado no mundo, quando o assunto é informação, é que “dados são o novo petróleo do mundo”, e essa frase está completamente certa. Quanto mais informações fidedignas forem geradas e empresas de dados souberem ler essas informações de forma correta, mais preciso e rápido serão as tomadas de decisões, o exemplo mais simples disso é olharmos para uma Alexa da Amazon, por exemplo, ela está constantemente aprendendo sobre o comportamento de quem a usa, quando o mundo começar a migrar para o sistema de busca por voz, como ela já conhece seu padrão de consumo, ela vai predizer qual o melhor produto no melhor local para comprar e as empresas que não estiverem atentas a otimização do sistema de busca por voz, irão ficar para trás, essas são as mudanças que o mundo tá passando e quem não estiver olhando esse cenário e pensando em como melhorar essas experiências em todos os canais de aquisição, serão empresas que não existirão mais. Sem contar na força que o live commerce tem chegado no mundo, juntando varejo, influenciadores e conteúdos, e vamos ver cada vez mais esses mundos se juntando, atendendo o cliente na ponta final. Outro exemplo que o mundo está mudando, cada vez conectando o mundo online com o mundo real, é ver que esse mês, a capa da revista Vogue trouxe a Lu, o avatar da Magalu, como capa da revista.
M&M – Quais são os cuidados que as empresas devem ter ao utilizar a automação como um elo entre o marketing de conteúdo e o marketing de relacionamento?
Freitas – Já estão sendo criadas regulamentações para esses dados gerados, serem feitos de forma certa e transparente, para todas as empresas que querem entrar nesse mundo de inteligência artificial com automações, precisam buscar fazer isso de forma regulamentada através dos parceiros oficiais que são as próprias redes e os dados que elas disponibilizam para isso. Qualquer outro caminho é prejudicial para a empresa e para o cliente na ponta que utiliza esse serviço que corre um serio risco de ser banido das redes ou mesmo de tomar uma penalização na sua conta por infringir as regras da comunidade. Agora, quando o assunto é marketing de conteúdo e marketing de relacionamento, ambos são sinérgicos entre si, pois a base do marketing de conteúdo, é sanar a dor do público com conteúdos relevantes, que trazem informações, dicas, curiosidades e novidades, sem querer pedir nada em troca, gerando um relacionamento entre o criador de conteúdo e sua audiência. Dessa forma, gerando aproximação, empatia, sensação de cuidado para com seu público, gerando um elo forte entre ambos, com uma sensação de pertencimento, comunidade entre a tribo escolhida, que nesse caso, foi a pessoa que mais gerou valor para sua audiência.
M&M – Como marcas podem aproveitar insights do meio online, obtidos nas mídias sociais, para tomar ações no mundo off-line?
Freitas – Quando olhamos para o cenário de consumo, sabemos que 2/3 da população brasileira acessam a internet para pesquisar sobre um produto ou serviço antes de tomar a decisão da compra. Olhando esses dados, é preciso dizer que hoje o mundo é híbrido e as empresas tem que pensar sua empresa como sendo parte de um ecossistema, que ela pode transitar pelo “off-line” e “online” ao mesmo tempo, pensando tudo como canal de distribuição. E quando esse minaste fica alinhado, uma estratégia para gerar valor e ser competitivo, é trabalhando o marketing de conteúdo, para quando esses 2/3 da população estiver buscando um embasamento para sua compra, ela veja seu conteúdo, veja sua relevância na internet e se sinta mais confiante para tomar essa decisão. Além do que é muito mais fácil ver o que seu concorrente está fazendo e olhando para benchmarking o que pode ser melhorado e o que não fazer também, isso é muito importante.
*Crédito da imagem do topo: RoBird-shutterstock
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