Assinar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

YouTube versus TikTok: quem vence?

Buscar
Publicidade


7 de junho de 2022 - 9h32

(Crédito: Kaspars Grinvalds/Shutterstock)

Mas e no futuro de médio prazo? Aí o bicho pega para o YouTube, caso ele não passe por uma revolução de produto significativa e profunda.

E por que?

Bom, primeiro porque as plataformas tecnológicas, como você e eu, envelhecem. O Bezos, por exemplo, já previu o fim da Amazon para daqui a algum tempo. Da mesma forma, poderá possivelmente acontecer algo de desgaste futuro também com o formato e modus da plataforma YouTube ali adiante.

Aliás, o Facebook passa por um processo parecido. O primeiro sintoma foi estacionar e/ou começar a perder sua audiência nos EUA, passando a depender de crescimento em países menos desenvolvidos, como o Brasil, por exemplo. Depois, iniciou-se um movimento de afastamento dos mais jovens da rede social, processo que permanece. E assim, a curva de permanência no topo começou a dar sinais de menor poder e força.

No caso do YouTube, há também movimentos semelhantes ocorrendo.

Como nos conta um dos co-fundadores do Yard Couch, comediante e investidor ativo em crypto moedas, Isaiah Mccall, em sua coluna no Medium, de acordo com um relatório recente da Promo Research, o YouTube não é a plataforma de mídia social mais popular entre os adolescentes nos EUA. Esse título pertence ao TikTok. Sendo que o TikTok é a plataforma de mídia social que mais cresce no mundo. Em apenas três anos, o aplicativo de mídia social chinês acumulou mais de 1 bilhão de usuários ativos; e no primeiro trimestre de 2020, o TikTok gerou o maior download para qualquer aplicativo em um único trimestre.

Recentemente, o YouTube teve que criar um recurso “Shorts” com vídeos de 60 segundos na tentativa de imitar os vídeos curtos do TikTok. Isso levou o TikTok a dizer que eles lançarão vídeos longos de até 10 minutos para seus criadores.

Em 2022, é mais fácil se tornar um criador de conteúdo no TikTok do que no YouTube.
O YouTube tem tendido a se voltar mais aos artistas, músicos ou celebridades já estabelecidas, e a preferência dos outrora creators espontâneos e micro influentes da grande base da audiência está migrando para o TikTok.

Na opinião do Isaiah, como os vídeos de música são hoje os de maior acesso e sucesso no YouTube, “isso significa que quem controla os videoclipes, controla a plataforma de vídeo número um”. Ou seja, controle de uma indústria estabelecida e financeiramente forte.

Isaiah projeta: “O TikTok já está abrindo caminho para músicas exclusivas, que foram popularizadas por meio de sua plataforma. Se eles começarem a corroer o mercado de videoclipes, será um grande golpe para o YouTube. O YouTube claramente favorece os interesses corporativos e o estabelecimento sobre os criadores independentes”.

Não podemos considerar as verdades do Isaiah como a grande verdade absoluta, mas os movimentos que ele elenca, somados aos fatos de mercado indiscutíveis, apontam de fato para um desgaste do YouTube.

Lembremos, no entanto, que o YouTube segue sendo um gigante e deverá ser líder ainda por alguns anos. Em quanto tempo seu eventual futuro desgaste vai ocorrer, só mesmo ele, o próprio tempo, nos dirá.

Publicidade

Compartilhe

Veja também