São Silvestre chega à sua 100ª edição com 12 marcas
Expo para retirada de kits terá quatro dias no Parque do Ibirapuera, com mais de 50 expositores
Neste ano, a São Silvestre completa 100 anos e contará com 55 mil corredores (Crédito: Divulgação)
Marcada para o dia 31 de dezembro, a São Silvestre, a mais tradicional corrida de rua do Brasil e da América Latina, completa 100 anos em 2025, reunindo até o momento 12 marcas. Asics e Loterias Caixa são as duas patrocinadoras oficiais da edição histórica.
As outras dez marcas apoiadoras, segundo a Vega Sports, que organiza a prova há dois anos, são Bacio di Latte, Comgas, Newon, Meliã, Rehidrat, Urbia, Copra, Levíssima, JCDecaux e Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). O evento, da Fundação Cásper Líbero, conta com outros parceiros, como a Globo.
De acordo com a organizadora, a São Silvestre 2025 registrou um aumento expressivo no número de corredores: saltou de 37,5 mil inscritos no ano passado para 55 mil neste ano, crescimento de aproximadamente 47%. “É uma corrida que segue muito o que é feito com Fórmula 1 e Carnaval, por conseguirmos transcender o evento em si e trabalhar uma jornada muito maior com as marcas”, diz Marcos Yano, CEO da Vega Sports.
Uma das formas de estender essa jornada é a chamada expo, evento de retirada de kits, que deve movimentar cerca de 200 mil pessoas e injetar mais de R$ 1 bilhão na economia da cidade.
Neste ano, a pré-corrida terá quatro dias de duração, entre 27 e 30 de dezembro, no Parque do Ibirapuera, contando com mais de 50 marcas expositoras. Braskem, Liquidz, Dobro, Top Run e a própria Asics, que terá uma loja exclusiva no parque, estão entre as participantes.
As ativações ao redor do centenário começaram em junho, quando a Vega Sports apresentou a campanha “Celebre essa Tradição”. O projeto englobou também um selo especial que acompanha a identidade visual da competição em todas as plataformas de comunicação.
Do meio do ano para cá, a celebração contou com várias ações, como a instalação de painéis no canteiro central da avenida Paulista – palco da largada e da chegada da corrida – que recontam momentos marcantes da história da prova, e o lançamento do Hall da Fama São Silvestre, em agosto, com o atleta queniano Paul Tergat, pentacampeão da corrida.
“A ideia com o Hall da Fama é que essa exposição dos tênis e pisada dos atletas em blocos de construção fique na própria Paulista, na entrada da TV Gazeta, no prédio Fundação Cásper Líbero. Então, estamos transcendendo os 15 km da prova, trabalhando o ano inteiro ao redor do evento”, explica Yano.
Gargalo da São Silvestre
A expansão da São Silvestre não ocorre sem desafios. Um dos pontos de crítica dos corredores foi o processo de inscrição geral, em 25 de setembro. Diversos participantes tiveram dificuldade com o serviço online fornecido pela Ticket Sports devido à limitação de acessos simultâneos.
O CEO, por conta disso, reconhece que a tecnologia foi um gargalo diante da alta demanda. Para se ter ideia, uma hora antes do início das vendas, às 10h, havia cerca de 120 mil pessoas acessando a página. Mesmo com a falha do mecanismo de venda, as primeiras 50 mil vagas gerais se esgotaram em pouco mais de cinco horas.
“Esse gargalo tecnológico acabou afetando a experiência de compra. Conversamos muito com a Fundação Cásper Líbero para atender a quem ficou de fora e oferecer uma experiência nova”, comenta.
A solução foi abrir cinco mil inscrições adicionais, para as quais os corredores puderam manifestar interesse entre 29 de outubro a 2 de novembro, em formato de sorteio. A mudança, segundo Yano, aponta para uma nova forma de inscrição, semelhante ao padrão adotado por diversas maratonas internacionais.
“Entenderemos exatamente como funcionará, mas imagino que a São Silvestre deva seguir esse novo modelo, porque a procura é muito maior do que a oferta. Provavelmente o crescimento da corrida não vai parar. Pode até diminuir a curva, mas deve ser o caminho a ser adotado nos próximos anos”, antecipa.
Vega Sports
A Vega Sports iniciou suas atividades em 2022 como uma holding de negócios esportivos estruturada em quatro frentes estratégicas: organização de eventos, sports marketing e experiência, agenciamento de atletas e gestão de clubes de futebol.
Além da São Silvestre, a empresa organiza outros circuitos como Asics Golden Run, Ayrton Senna Racing Day e Fla Run. Entre os clientes do portfólio estão Speedo, Ambev, Centauro, Mattel, Decathlon, Gatorade, Flamengo e Bradesco.
“Nossa visão é nos tornarmos a maior holding de negócios relacionados ao esporte da América Latina até 2030, sempre com a missão de profissionalizar a gestão esportiva no Brasil”, revela o executivo.
Para alcançar essa meta, a holding aposta no crescimento do mercado de corridas e no maior interesse das marcas em ativar o esporte. A companhia também avança nas demais frentes: na área de de futebol, assumiu a área comercial no País do jogador da seleção Casemiro e passou a gerir o Cosmopolitano Sports, clube de futebol de base, de Cosmópolis, interior de São Paulo.
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