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GovTech: como a tecnologia impulsiona a gestão pública?

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GovTech: como a tecnologia impulsiona a gestão pública?

Iniciativas unem tecnologia a serviços de interesse público para aumentar eficiência e amplificar resultados

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1 de novembro de 2022 - 11h55

O que são GovTechs - cred: Shutterstock

GovTech 1Doc tem como principais parceiros prefeituras espalhadas pelo Brasil (Crédito: Deemerwha Studio/ Shutterstock)

Por Carolina Huertas e Taís Farias

O dicionário Michaelis define o conceito de startup como empresas de pequeno porte ou em estágio inicial, que privilegia projetos promissores, geralmente na área de tecnologia. No Brasil, entre 2015 e 2019, o número de negócios com essas características cresceu 207%, segundo a Associação Brasileira de Startups. No ano passado, eram 14.065 startups distribuídas pelo País. Com o crescimento acelerado, a influência desse modelo tem movimentado não só o setor privado, como também soluções públicas. É assim que surgem as GovTechs, que são aplicações que unem soluções tecnológicas a serviço de interesse público para impactar políticas públicas. Lucas Husadel, gerente de negócios da 1Doc, GovTech que trabalha impulsionando a digitalização em prefeituras brasileiras, fala sobre o modelo e como ajuda a amplificar e levar eficiência para iniciativas públicas.

Meio & Mensagem – O que é uma GovTech?
Lucas Husadel – O futuro chegou e é totalmente tech. Os governos devem estar cada vez mais atentos para a utilização de plataformas como verdadeiras aliadas do seu trabalho. Ter foco na eficiência é também estar aberto para a inovação e pronto para simplificar a gestão pública. A burocracia e os processos existem e fazem parte da nossa realidade. Não podemos simplesmente enxergá-los como algo negativo. Devemos pensar em soluções para o desenvolvimento, agilidade e uso da tecnologia da informação, por exemplo: documentos digitalizados, visão ampla dos processos, organização dos setores e entre os setores são ótimas formas de analisar e gerar dados. Com isso, somos capazes de utilizar a tecnologia como pilar para melhorar os serviços públicos prestados, bem como aumentar os índices de satisfação popular. Além disso, quando se tem visão ampla do que está acontecendo, enxergamos melhor a possível economia de recursos públicos e de tempo que podemos alcançar. Isso porque passamos a saber exatamente quais são os passos que devemos dar para melhorar a eficiência da gestão pública.

M&M – Como o sistema de nuvem e a transformação digital podem introduzir o ESG no setor público?
Husadel – Digitalizar todos os processos é forma eficiente de gerar economia, agilidade, transparência, eficiência e, claro, sustentabilidade. Digitalizar processos, acabar com o papel, diminuição de desperdícios com materiais de escritório, economia de tempo, responsabilidade social direta e indireta nas ações que melhoram a vida das pessoas, levantamento de dados, eficiência nos processos, tudo isso se traduz em um objetivo: facilitar e melhorar o atendimento entre órgãos públicos e o cidadão, além de tornar a gestão cada vez mais socialmente responsável e sustentável.

M&M – Qual é a importância dessa movimentação?
Husadel – O digital aumenta a eficiência e a transparência. Dessa forma, geramos praticidade e qualidade nos serviços prestados ao cidadão, o que permite grande economia de recursos humanos, financeiros e ambientais.

M&M – Quais são os principais desafios desse processo?
Husadel – Acreditamos que uma das dificuldades enfrentadas é em relação aos diferentes contextos que o  País apresenta. Cada região tem uma problemática em particular. Cada lugar tem sua tradição e cultura de funcionamento e fluxos de trabalho. Apesar dessas particularidades, todos sabemos que a digitalização é forma de auxiliar e tornar qualquer processo mais ágil e isso impacta diretamente na melhoria de todos os serviços.

M&M – Como o Brasil avança na questão em relação aos outros países?
Husadel – A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo formado por algumas das nações mais desenvolvidas do mundo, classificou o Brasil na 16ª posição em seu Índice de Governo Digital. Claramente, fazer parte desse ranking já indica que estamos numa escalada evolutiva. Ou seja, o Brasil ficou acima da média dos países da OCDE e superou nações como Alemanha, Estônia, Países Baixos, Áustria e Irlanda. Mas ainda temos muito trabalho a fazer e o processo de transformação digital é sem fim, uma vez que a tecnologia não para de evoluir. Entre os países sul-americanos, a Colômbia ocupa a 3ª posição geral, e o Uruguai que, no momento, possui notas melhores que o Brasil. Isso quer dizer que temos bons exemplos próximos de nós e que não podemos mais relaxar daqui para a frente.

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