O futuro do metaverso
Super estimamos o Metaverso e a Web3 no curto prazo e nos frustramos.Agora estamos subestimando a importância que terão no futuro
Super estimamos o Metaverso e a Web3 no curto prazo e nos frustramos.Agora estamos subestimando a importância que terão no futuro
15 de março de 2023 - 10h43
Opiniões sobre o Metaverso sempre são divergentes, principalmente em um país como o Brasil onde a acessibilidade à internet de alta qualidade e o preço dos devices são grandes barreiras de entrada. Games de console têm uma penetração de 30,9% (16 / 64 anos – GWI), enquanto devices de VR apenas 3,4%. E o mercado de games só cresce.
Com a chegada da inteligência artificial, a barreira de entrada será muito menor, permitindo que os custos de desenvolvimento de jogos, que eram proibitivos, sejam menores e democratizando o mercado. A tendência será uma pulverização de jogos. Mas a principal aposta é como melhorar a experiência da audiência, de quem assiste. Hoje a Twitch e a Discord são as plataformas que mais cresceram porque milhões de pessoas não querem jogar, mas querem assistir aos jogos.
Mas Sandy Carter, nomeada umas das 10 mulheres de tech pela CNN, traz uma proposta: olhar para o Metaverso e a Web3 com uma visão de MVP – Minimum Viable Product. Comece com uma ideia mais simples, teste e aprenda. Não existe um playbook pra isso. Faça um Playstorm como ela chama. “Play” com vários metaversos e seja um usuário e dono das suas próprias coisas.
Tenha um time de rabbits (coelhos) – velozes e curiosos – composto por pessoas de diferentes perfis como educadores, gamers, gerentes de produto, estrategistas, pessoas de marketing, experts em tecnologia e AI. Tenha também um certo arsenal de ferramentas, como ChaptGPT, Dall-E, Midjourney, CommonSim 1.
Segundo Sandy, as principais indústrias a se beneficiarem dessa nova web seriam as de moda, entretenimento, bebidas, alimentos, automóveis, esportes, tecnologia, bens de consumo em geral e hospitalidade. Ou seja, basicamente , tudo o que hoje faz parte do portfólio de uma agência.
A segunda coisa a fazer é ficar obcecado por experiências imersivas. O que é imersivo? O usuário precisa ser ativo e não passivo, é preciso entregar algo de valor, como no caso de pessoas que estão exigindo cada vez mais aprendizado e diversão.
A Forever 21 configurou uma ativação no Roblox e agora eles têm 6 milhões de usuários ativos, cocriando com a empresa toda uma nova coleção de roupas. A BMW está fazendo o mesmo, aproveitando o Metaverso pra ter ideias de design e inovação em conjunto com a sua audiência. Para Sandy, na web 3 a comunidade é o projeto e o projeto é a comunidade, com as empresas trabalhando com os consumidores e não apenas ouvindo eles.
A web 1 foi a era da economia da informação e seu acesso se dava através de um mouse. Na web2, vivemos a economia das plataformas e nossa porta de entrada eram os celulares. Na web3 vamos viver a economia da posse de nossos dados, onde acessamos tudo com nossas identidades digitais avatares. Até a invenção da blockchain nós nano éramos donos dos nossos perfis, as plataformas nos emprestavam eles. No futuro próximo, Sandy imagina que todos os nossos dados estarão centralizados em um appliance como um refrigerador, onde guardamos tudo de nfts a avatares.
Para finalizar ela disse que super estimamos o Metaverso e a Web3 no curto prazo e nos frustamos. Mas que agora estamos subestimando a importância que terão no futuro.
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