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Ancine investirá R$ 10 milhões em jogos eletrônicos

Manoel Rangel, diretor-presidente da entidade, anunciou nova linha de financiamento para incrementar setor de games


6 de dezembro de 2016 - 14h42

Meio e Mensagem 12/09/2016 Manoel Rangel / Ancine - RJ

Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine (Crédito: André Valentim)

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) lançou o primeiro edital voltado ao investimento na produção de obras audiovisuais brasileiras independentes de jogos eletrônicos. A Chamada Pública PRODAV 14/2016 abriu inscrições nesta terça-feira, 6, para disponibilizar R$ 10 milhões em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual para a produção de 24 jogos eletrônicos. Eles serão explorados comercialmente em consoles, computadores ou dispositivos móveis.

“O Brasil é um importante mercado consumidor de jogos eletrônicos, mas são poucos os jogos brasileiros existentes”, observou Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine. Ele explicou que, com esta ação, quer estimular o desenvolvimento de mais jogos no Brasil, contribuindo para o fortalecimento dos desenvolvedores brasileiros independentes. “Os jogos eletrônicos trazem enorme impacto cultural, econômico e tecnológico. Além de entreter, eles influenciam hábitos, transmitem valores e podem contribuir para a difusão da cultura brasileira de uma forma lúdica”, afirmou.

Estão previstos investimentos em três categorias. A primeira delas, chamada A, contemplará até dois projetos com R$ 1 milhão cada; já a categoria B selecionará até 10 projetos que receberão R$ 500 mil; enquanto a categoria C oferecerá R$ 250 mil a até 12 projetos. Assim como em outros editais do Programa Brasil de Todas as Telas, o regulamento prevê que ao menos 30% dos recursos sejam destinados para projetos de empresas sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Produtoras da região Sul e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo devem receber no mínimo 10% dos recursos.

Para Ale McHaddo, da Abragames, o edital é importante, mas o mais significativo é ver que os jogos foram inseridos na política pública de audiovisual do Brasil. “Os jogos são um vetor importante na construção de identidade e temos muito a contribuir com a indústria criativa no Brasil”, fala. Já Luciane Gorgulho, do BNDES, classificou como fundamental este passo da Ancine oficializando a existência do setor de games dentro do segmento audiovisual. “E inaugurando uma era de políticas públicas para o desenvolvimento do setor que eu tenho certeza que vai trazer muitos resultados”, concluiu.

Consulta Pública

 Paralelamente, a Ancine colocou em consulta pública uma análise de impacto regulatório sobre o setor de jogos eletrônicos no país. A iniciativa vem após a realização de um estudo no qual a agência identificou um elevado faturamento deste setor no mercado brasileiro e uma pequena participação da produção nacional nele. O estudo, intitulado “Análise de Impacto Regulatório”, traça um panorama do mercado mundial de jogos eletrônicos, focando em exemplos de oito países (Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Noruega e Reino Unido). Em sua conclusão, ele aponta sugestões de intervenções públicas para o fomento ao mercado de games em quatro eixos: produção de projetos; desenvolvimento empresarial e elo de distribuição, além do estímulo à formação de recursos humanos. A consulta pública sobre o assunto segue até o dia 6 de março.

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