ESG pra gringo ver na tragédia do litoral norte de SP?

27 de fevereiro de 2023 - 6h00

Tragédia em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo (Crédito: Reprodução/Depcom/Pmss)

Mundo pós-pandemia, eleições, descaso ambiental e tragédias como a ocorrida no litoral norte no último carnaval. Parece manchete de jornal de filme sobre o colapso da Terra. Mas é vida real! 

Esse momento de transformação requer uma reavaliação das ações tomadas para construir um futuro melhor. A ausência de atitude diante do desastre no litoral norte do Estado de São Paulo mostra a falta de comprometimento das marcas nesse processo, logo elas, que têm um papel essencial para desempenhar na construção de uma sociedade melhor, empreendendo em práticas ESG (responsabilidade ambiental, social e de governança).

Organizações como Gerando Falcões, Central Única das Favelas (CUFA), Alimentando o Bem e Ação da Cidadania se organizaram para dar suporte. Mas do outro lado, enquanto o abre-alas passava regado de muita festa, glitter, conteúdos de marcas com celebridades e influenciadores com ainda mais destaque, a enxurrada descia o morro com milhares de desabrigados. O silêncio da maioria das marcas foi / está ensurdecedor.

Poucas empresas como: Ambev, Mercado Pago, EMS, Avantto e iFood se manifestaram com suporte para a região. Mas se compararmos o montante de marcas brasileiras que divulgam via Linkedin e Relações Públicas os seus “comprometimentos” com ESG, a conta não fecha.

Eu tinha outro tema para abordar na coluna deste mês, mas precisamos dessa reflexão. Não apenas como responsáveis por marcas, mas como humanos. Este não é o momento de silêncio, mas o de usar os recursos e criatividade para fazer a diferença e mostrar na prática que os comprometimentos com a sociedade extrapolam estratégias de PR Stunt e awareness.