Prazer, eu sou o marketing!

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Opinião

Prazer, eu sou o marketing!

Mesmo com espaço na mídia e interesse das marcas, jogadores de futebol não aproveitam seu potencial mercadológico


20 de janeiro de 2017 - 18h30

BoladeFutebol.jpgRecentemente recebi o vídeo da coletiva de imprensa sobre a renovação do contrato do lateral esquerdo Felipe com o Fortaleza Futebol Clube. Esse vídeo reforça o pensamento que tenho sobre a grande maioria dos jogadores de futebol no Brasil: eles não são produtos de marketing.

No vídeo, o atleta fala sobre a sua renovação com o clube e, ao invés de ressaltar positivamente o fato, o jogador, “muito sincero”, diz que vai treinar muito para logo sair do clube para uma situação melhor.

Imagine você renovando o contrato com a sua empresa e declarando que seu objetivo é sair logo de lá.

Ao dizer isso perante a mídia, o atleta mostra por A+B que não tem a menor noção do que é marketing, e muito menos de que ele é um produto de marketing.

Os reflexos do mau preparo ao falar, muitas vezes até gramaticalmente, podem ser notados no mercado publicitário brasileiro. Pare e pense. Você tem cinco minutos para citar quantos atletas do principal esporte brasileiro, o futebol, estão atualmente realizando campanhas publicitárias. Quantos jogadores de futebol brasileiro são frutos do marketing?

Espaço na mídia não falta, desejo das empresas em se associar a ícones do esporte mais popular do Brasil existe, mas o produto é escasso e, quando ele existe, muitas vezes é mal trabalhado, pois o atleta se associa a mais de seis empresas, ou seja, o recall dos patrocinadores é baixo perante o público final.

Você sabia que o maior tenista de todos os tempos, Roger Federer, mesmo no auge, sempre teve um número pequeno de patrocinadores? Contratos maiores, mas com número menor de empresas, garantem um retorno mais tangível aos patrocinadores e preservam a imagem do atleta como um verdadeiro produto de marketing. O gerenciador da carreira do atleta – junto com o mesmo, às vezes – escolhe a dedo as empresas que irão se associar a suas marcas a ele.

Lógico que, para se chegar a esse ponto, o atleta tem de ser fruto do marketing: saber falar corretamente, se vestir adequadamente, ter boas ações junto à sociedade. Enquanto no exterior muitos atletas ganham fortunas como produtos de marketing, aqui no Brasil os artistas agradecem a falta de preparo desses atletas.

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