Dirigentes: olhares atentos à expansão de times e negócios
Felipe Simi, Filipe Bartholomeu e Rodolfo Medina disputam pela primeira vez a coruja na categoria Dirigente da Indústria do Caboré
Dirigentes: olhares atentos à expansão de times e negócios
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O foco nas pessoas como caminho para construir ambientes de trabalho e negócios mais sustentáveis pauta a missão dos três indicados a Dirigente da Indústria da Comunicação. Todos foram nomeados à categoria pela primeira vez: Felipe Simi, CEO e CCO da Soko; Filipe Bartholomeu, CEO da AlmapBBDO; e Rodolfo Medina, presidente do Grupo Dreamers.
Cada qual à sua maneira, respeitando às peculiaridades das empresas que representam, estes profissionais concorrem ao Caboré em um ano que carrega consigo uma carga de superação — ao observar a resiliência do mercado emergir da pandemia — e de constante readaptação diante da continuidade de crises, que ganham camadas de complexidade seja pelo cenário político do País, seja pelo calendário repleto de oportunidades para as marcas, sobretudo no último trimestre de 2022, que concentra Black Friday, Copa do Mundo e Natal.
Para Rodolfo, do Grupo Dreamers, é necessário estar sempre atento às oportunidades de atuação para beneficiar os negócios dos clientes. Esse pensamento se traduz nos movimentos mais recentes da companhia brasileira, que lançou iniciativas como o núcleo de marketing de influência Artplan.influ, a aceleradora e incubadora Dreamers Village e a Andara, focada em ESG. Além disso, no final de julho a holding se tornou sócia da Black Dragons, empresa comandada por Nicolle Merhy e voltada às áreas de games e eSports. De 2020 para este ano, o Dreamers passou de 700 a mil colaboradores e de 11 unidades de negócios para 17. “Nosso negócio vai continuar em transformação, então nosso plano para 2023 é consolidar as nossas operações e estar atentos à luz dos desafios de nossos clientes e dos nossos próprios negócios”, comenta.
Inspirado pelo pai, Roberto Medina, a quem sempre faz menções sobre aprendizados relacionados — ou não — ao mercado, Rodolfo começou a empreender quando atuava como diretor de marketing do Rock in Rio. Em 2002, assumiu como diretor de novos negócios da Artplan, que passou ao seu comando quatro anos depois. Além da posição de presidente executivo do Grupo Dreamers, está à frente dos três escritórios da Artplan, que faz parte da holding assim como as empresas Dream Factory e Rock in Rio.
A Soko, cofundada por Simi ao lado de Pedro Tourinho, também expandiu nos últimos dois e meio. Esse crescimento se deve, em parte, pela fusão com a Cubocc, agência que deu origem à holding Flagcx, comandada por Roberto Martini. Com trabalhos pautados em earned media, porém, a Soko acabou se transformando na principal marca do grupo e, desde que absorveu a Cubocc, o time triplicou de tamanho, passando a ser composto por mais de 350 pessoas. Hoje, marcas como Audi, Guaraná Antarctica, Michelob e Spotify fazem parte do portfólio da empresa.
Natural de Bauru, interior de São Paulo, Simi se interessou pela área de publicidade pois enxergava nela um caminho para contar histórias memoráveis. “Na minha família não existia espaço para ser publicitário. A ideia ali era que todo mundo seguisse profissões tradicionais, respeitadas no interior, como advogado e médico. Esses são os dois caminhos em famílias do interior, elas querem que os filhos sejam ou doutor advogado ou doutor médico. Quando quis fazer publicidade, foi um drama na minha família. Mas eu sonhava em trabalhar com criação de publicidade mesmo. Quando vim para São Paulo, o primeiro acesso que tive ao mercado foi via empresa júnior da faculdade. Foi na Unilever que tive meus primeiros contatos com agências e comecei a falar que gostaria de trabalhar com redação”, relembra.
Em entrevista ao Meio & Mensagem publicada em abril deste ano, Simi contou que a Soko é resultado de tudo que ele vivenciou previamente no mercado de publicidade e marketing e não gostou. Um dos exemplos são os times criativos, que não contam com a clássica divisão em duplas. Outro fator é o da diversidade e inclusão. “Sempre teve essa justificativa para criar essa barreira contra a diversidade. A Soko quis mostrar para o mercado que era possível e melhor colocar diversidade na mesa, do ponto de vista racial, regional, de gênero e de sexualidade, mas também trazer processos que combatessem práticas tóxicas do mercado”.
Impulsionada pela conquista de 16 contas de 2020 para cá — como Elo, Facebook, Heineken e Perdigão —, a AlmapBBDO ampliou o quadro de funcionários de 400 para 720 pessoas. Para Filipe, 2022 também fica marcado como o ano em que passa a comandar a agência do Grupo Omnicom sem Luiz Sanches no dia a dia da ope[1]ração. Pois, embora o profissional continue como sócio e CCO do escritório, ele ocupa, desde abril, a posição de CCO da BBDO North America. Assim como Sanches, Filipe possui uma extensa trajetória na Almap: depois do período como trainee de 1998 a 2001, voltou à agência como supervisor de contas em 2003 e, em 2018, foi promovido a CEO.
Neste ano, Filipe assumiu a missão de ajudar a difundir os princípios do Pacto Glo[1]al da ONU no Brasil. Na visão do executivo, o merca[1]do vem fazendo mudanças importantes em diversidade e inclusão, mas reconhece que falta muito para chegar a um patamar ideal. Hoje, a iniciativa Sala Almap conta com 60 pessoas de comunidades periféricas e a agência também trabalha em parceria com a Nhaí, agência fundada e comandada por Raquel Virgínia voltada a criação de trabalhos que abordem temáticas raciais e de gênero.
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