Brasil, o país mais criativo do mundo

18 de junho de 2025 - 15h55

Estar em Cannes Lions 2025 é viver um daqueles momentos que ficam marcados na alma.

O Brasil ser homenageado como País do Ano — o primeiro na história do festival a receber essa distinção em mais de sete décadas — vai muito além de um título. É um reconhecimento profundo da nossa potência criativa, da nossa cultura viva, da nossa capacidade de transformar ideias em impacto, emoção e inspiração para o mundo.

Mais do que ver minhas marcas sendo premiadas, hoje celebro os brasileiros sendo premiados, enaltecidos, aplaudidos por um público global que se deixa tocar pela nossa energia única.

Caminhar pela Croisette nesta semana tem sido como sentir o próprio Brasil pulsando na Riviera Francesa. Levamos para Cannes o trio elétrico, o samba, o axé, o espírito do nosso Carnaval, a nossa vibe boa. E vimos o mundo inteiro dançar conosco, se emocionar com a nossa festa, viver de perto o poder da nossa celebração ao vivo, do nosso coletivo, do nosso real. Não foi só um desfile cultural: foi um manifesto de quem somos e do que podemos ser.

O impacto do Brasil em Cannes está refletido nos números, mas principalmente no coração de quem está aqui. São mais de 1.000 Leões conquistados ao longo da nossa história no festival, e em 2025 ultrapassamos 120 shortlists, com dezenas de Leões já garantidos em categorias como Film, Outdoor, Creative Data, Entertainment, entre tantas outras, e seguimos contando.

Somos um dos países com maior número de inscrições nesta edição e, mais do que isso, um dos que mais emocionaram e inspiraram. Como disse Simon Cook, CEO do Cannes Lions, “O Brasil é um farol criativo para o mundo. Sua contribuição transcende a publicidade e alcança a cultura global. Era chegada a hora de reconhecermos essa influência de forma oficial e histórica.”

Neste momento de emoção e celebração, ver Washington Olivetto ser homenageado pelo seu legado é uma lembrança poderosa do que o Brasil representa para a criatividade mundial. Washington não é só parte do nosso passado brilhante; ele é símbolo de uma visão ousada e de um espírito inquieto que fez da publicidade brasileira referência global. Sua história nos inspira a continuar acreditando no poder das grandes ideias e na força da nossa cultura.

O que mais tenho ouvido pelas ruas de Cannes são palavras de admiração. Jurados, criativos, executivos de marcas e agências de todo o mundo se emocionaram com a nossa presença e positividade. Muitos disseram que nunca haviam visto uma celebração tão viva, tão autêntica, tão transformadora ao se entregarem admirados ao nosso trio elétrico cruzando a Croisette.

O Brasil, neste ano, mostrou ao mundo que criatividade é emoção compartilhada, é conexão verdadeira, é impacto real.

Hoje, mais do que nunca, temos a certeza de que somos, de fato, uma potência criativa global.

Mas ser reconhecido como o país mais criativo do mundo não é um ponto de chegada — é um compromisso com o futuro. Cabe a nós transformar esse reconhecimento em ação, mantendo viva a energia que emocionou Cannes, mas agora voltada para ideias que gerem impacto real, relevância para as marcas e resultados para os negócios.

O mundo nos aplaudiu. Agora, espera que sigamos elevando a barra da criatividade com mais eficiência, propósito e transformação. Essa é a nossa responsabilidade. E o nosso maior desafio.