Ação da Skol que “fechava o trânsito” gera advertência do Conar
Lançada em abril, campanha #fechamentoSkol hackeava aplicativos de trânsito para abrir espaço aos frequentadores de bares
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Bárbara Sacchitiello
15 de agosto de 2023 - 18h19
Em abril deste ano, a Skol divulgou uma ação publicitária que tinha a proposta de fazer com que o público pudesse aproveitar os espaços nas calçadas e nos entornos de bares de forma mais confortável.
Com o nome de #fechamentoSkol, a ação de marketing, criada pela agência de publicidade Gut, aproveitava a tecnologia para hackear os aplicativos de trânsito.
A marca levou às ruas de São Paulo uma bicicleta equipada com 100 diferentes aparelhos de celular. Todos eles estavam conectados à aplicativos de trânsito.
A ideia era que a bicicleta parasse em frente a alguns bares e que todos esses aplicativos reportassem, simultaneamente, que aquela via estava bloqueada para o trânsito. Dessa forma, o aplicativo avisaria aos motoristas para evitar aquela rua e o pessoal do bar ficaria livre para ocupar a via.
A iniciativa da Skol rendeu uma representação no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) a partir da queixa de um consumidor, que argumentou que a iniciativa prejudicaria o trânsito e fluxo de automóveis e pessoas.
Em sua defesa, a Ambev, fabricante da Skol, argumentou que o tom de humor da campanha tornava evidente que se tratava de uma brincadeira, não de algo com intenção de bloquear as ruas.
Em reunião do conselho de ética do Conar, realizada semana passada, no entanto, os conselheiros da entidade determinaram que, embora exista esse contexto de humor, a campanha abordava algo irregular – o fechamento de via pública – que não poderia ser realizado dessa forma.
Por essa razão, o Conar determinou a sustação da campanha, embora se trate de uma ação pontual, realizada pela marca. Além disso, a Gut recebeu uma advertência por parte do Conselho.
O vídeo da ação não está mais disponível nas plataformas digitais da marca. Mas é possível encontrar o vídeo do artista Simon Weckert, que, segundo a Skol, inspirou a ação. Em 2019, o artista hackeou o Google Maps ao promover um congestionamento gerado por celulares, colocados em um carrinho de mão, que circulou pelas ruas. Veja:
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