Conar: plágio da Vivo, engano da Nestlé
TIM atesta ter sido plagiada em campanha da concorrente, enquanto Nestlé compara calorias de produtos em dosagens diferentes
TIM atesta ter sido plagiada em campanha da concorrente, enquanto Nestlé compara calorias de produtos em dosagens diferentes
Meio & Mensagem
5 de junho de 2013 - 8h30
A última reunião do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), realizada na semana passada, julgou 15 processos. Dois deles merecem destaque pelo teor das contestações.
O primeiro envolve um caso de plágio cometido pela Vivo contra a TIM. A operadora afetada alegou que a concorrente plagiou o conceito criativo de campanha sua veiculada a partir de abril de 2012, intitulada “TIM Intelligence” e voltada a planos empresariais.
A justificativa se daria pela forma como os anúncios de ambas as operadoras eram apresentados: no da TIM, uma cabeça em corte longitudinal e dividida em escaninhos era ocupada por diferentes produtos da empresa; no da Vivo, o boneco que simboliza sua marca aparecia no mesmo corte, com cenas de um escritório corporativo insertadas.
Segundo o Conar, “embora todo o resto seja diferente, alegou-se plágio pelo conceito, repetido”. O caso já havia sido discutido em primeira instância e, na ocasião, decidiu-se pelo arquivamento por maioria de votos – situação que permitiu recurso da TIM. Desta vez, a Vivo foi punida com sustação por maioria dos votos, e terá até dez dias para recorrer.
Dez não são vinte
Outro caso curioso envolveu a Nestlé. O próprio Conar instaurou um processo sobre possível confusão na embalagem do achocolatado Nescau Light. Nela, aparece a informação “30% menos calorias” – mas, para o órgão, o consumidor poderia ser levado a engano.
Isso porque a comparação que permite dizer que há 30% menos calorias faz uma comparação entre a porção de 20 gramas de Nescau normal e de 10 gramas de Nescau Light. Se comparados em mesma porção, o percentual propagandeado seria mais baixo. A Nestlé alegou que a embalagem “está em absoluta conformidade, porque o produto é mais concentrado”, então 10g da versão light seria responsável pelo mesmo sabor dos 20g da versão regular. O anunciante alegou, ainda, que existem outros produtos de seu portfolio que se valem deste mesmo mecanismo de comparação.
Para o Conar, este não é um expediente válido. Sugeriu a alteração das embalagens e advertiu o anunciante pelo expediente usado na comparação, passível de levar consumidores a conclusões equivocadas. A decisão foi tomada por unanimidade.
Sobre esta reportagem, a Telefônica Vivo divulgou o seguinte comunicado oficial:
A Telefônica Vivo esclarece que, diferentemente do que consta na reportagem “Conar: plágio da Vivo…”, a suspensão da campanha não ocorreu por plágio, já que para que isso ocorra é necessário que o denunciante detenha a “originalidade” do “artifício criativo”, o que não é o caso da outra operadora.
A suspensão da campanha, na verdade, foi justificada pelo Conar pela possibilidade de “permitir confusão” junto aos consumidores, em virtude de semelhança de campanhas usadas em período de tempo muito próximo e de empresas que disputam o mesmo mercado.
A Telefônica Vivo esclarece ainda que as peças não usam a “mesma imagem”, como consta da matéria. A Vivo utiliza na peça o ícone que é propriedade da operadora. O caso ainda não está finalizado pelo Conar e a empresa estuda recorrer da decisão.
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