Comunicação
Gaetano Lops: eventos podem entreter e, ao mesmo tempo, amplificar debates
Fundador e presidente da Gael, sócia de eventos como Path e Rio Montreux, compartilha visão sobre papel dos eventos no atual contexto da sociedade
Gaetano Lops: eventos podem entreter e, ao mesmo tempo, amplificar debates
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Isabella Lessa
28 de julho de 2022 - 10h02
Depois de ter realizado um Festival Path na Amazônia no ano passado, a Gael, empresa de Gaetano Lops, traçou uma série de prerrogativas sobre como os eventos e o entretenimento devem se conectar a questões relevantes para a sociedade.
Na edição deste ano, por exemplo, o Path, criado e dirigido por Fábio Seixas e que tem a agência de Gaetano como sócia, voltará às origens presenciais, mas com transmissão online, para debater política, entre outros temas, no mês de outubro. Mais do que live marketing, Gaetano enxerga o papel de sua empresa como uma propagadora do entretenimento como plataforma de comunicação que, por meio dos eventos proprietários, consegue servir tanto às marcas quanto a crenças da própria Gael: elevar o pensamento por trás do evento para gerar diálogos que saiam do óbvio. “Não se trata simplesmente de organizar e fazer um evento. É preciso pensar em como executar, em como criar oportunidades de conversa em um momento polarizado que impacta nosso negócio. Somente neste semestre, há tantos eventos acontecendo, que é impossível as pessoas conseguirem ir em tanta coisa. Nosso papel como agência é engrandecer o debate”, afirma.
Além do Path e do Rio Montreux Jazz Festival (cuja produção é realizada com a MZA Music, do diretor artístico Marco Mazzola), a Gael tornou-se sócia do Back2Black Festival, festival do Rio de Janeiro idealizado por Connie Lopes que há 12 anos celebra a cultura negra por meio da arte, do conteúdo e da música. “Meu recorte foi procurar propriedades sérias e poderosas e que, de alguma forma, a Gael pudesse transformar em um produto ainda maior. O festival fala menos sobre igualdade racial de um lugar duro, há muitos eventos que já cumprem esse papel, e vai mais para o lugar de reconhecer a influência da África. Em vez de inventar eventos, por que não trazer os maiores eventos para expandi-los?”, diz.
Outro projeto em andamento da Gael, este focado ao esporte, é o Apporta, que vai espalhar lockers, inicialmente pela cidade de São Paulo, que serão abertos por meio de um app. A pessoa encontrará lá o material esportivo que deseja, mas a seleção não é aleatória: por meio de dados, a agência distribui os itens mais populares em cada região – na Faria Lima, haverá acessórios para o beach tennis, no Largo da Batata, xadrez, patins e skate. A iniciativa está prevista para ser lançada em dezembro.
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