Maurice Lévy: ?Publicis aguarda decisão da DPZ?
CEO do Publicis Groupe encerra visita ao Brasil prometendo novas aquisições no mercado nacional
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Felipe Turlao
12 de maio de 2011 - 11h36
Maurice Lévy, CEO do Publicis Groupe, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 12, em São Paulo, antes de encerrar sua visita às agências da holding no Brasil, iniciada na terça-feira, 10. O executivo afirmou que o grupo conversa com “muitas empresas” brasileiras neste momento com vistas a novas aquisições, que poderão ser anunciadas ainda neste ano, sendo que os focos principais de atenção são as áreas digital e de serviços de marketing. Nesta última, uma das tratativas é com as agências promocionais de Paulo Giovanni: a Mix Brand Experience e a Pop Trade.
Outra negociação em andamento se dá com a DPZ. Segundo Lévy, a agência brasileira está tomando a decisão se vai ou não se abrir para uma possível venda. “Se a DPZ se decidir pela venda, o Publicis Groupe está disposto a conversar”, frisou.
O CEO do Publicis Groupe esteve ontem nas sedes da Talent, cujo controle acionário foi assumido pela holding francesa no mês passado, e da Leo Burnett Tailor Made, que acaba de empossar um novo comando, liderado pelo empresário Paulo Giovanni. Lévy elogiou a “vibração positiva” da Talent e reiterou a disposição do grupo de mantê-la independente. “Não é objetivo do Publicis sobrepor a Talent a nenhuma das nossas outras agências”, comprometeu-se.
Sobre a Leo Burnett, Lévy reconheceu que os últimos meses não foram fáceis. Entretanto, segundo ele, os problemas estão superados e o Publicis Groupe crê que com Giovanni e a nova estrutura organizacional implementada no mês passado “as coisas vão caminhar bem”.
Lévy também visitou a F/Nazca S&S, onde foi recebido pelos sócios Ivan Marques e Fabio Fernandes. O CEO do Publicis Groupe comentou que, apesar da agência ter perdido recentemente a sua maior conta, a da operadora de telefonia celular Claro, a holding está satisfeita com os resultados gerados pele escritório.
Outra visita, acompanhado de Jean-Yves Naouri, novo chairman executivo da Publicis Worldwide, foi feita a agências da rede, que recentemente incorporou a AG2 – também elogiada por Lévy – e a GP7.
A vinda ao Brasil de Lévy e Naouri ocorre em um ótimo momento, já que a holding francesa é o grupo global de comunicação que mais investe no País atualmente.
A lista de negócios fechados pelo Publicis Groupe no Brasil nos últimos 12 meses é grande: adquiriu 60% da Talent e da QG, que mantêm vida independente, mas estão integradas à rede Publicis Worldwide; comprou 5% da incipiente Tailor Made com o objetivo de resolver o problema do quadro diretivo da Leo Burnett, que desde o mês passado é comandada por Paulo Giovanni; ficou com 100% da GP7 e a transformou em Publicis Red Lion, nova unidade da Publicis Worldwide no Brasil; arrematou 5% da Taterka, com a clara intenção de demarcar território; inaugurou os escritórios brasileiros da Razorfish e da S&S X (especializada em shopper marketing); adquiriu 62% da AG2 e a transformou em base da Publicis Modem; consolidou a operação brasileira da Digitas, que abandonou a marca Tribal (empresa nacional comprada no final de 2008); ficou com as ações de Rodrigo Andrade, que deixou a sociedade da F/Nazca S&S, passando a deter participação de 53% na agência; e aumentou de 25% para mais de 50% sua cota na Andreoli MSL.
Além destas, a holding francesa controla no Brasil as agências Publicis, Salles Chemistri e Publicis Dialog; e tem participação minoritária na Neogama/BBH (que tem 40% de suas ações nas mãos da rede BBH, onde o Publicis Groupe detém participação de 49%).
Lévy diz que a rede Publicis Worldwide já tem no Brasil a sua terceira maior operação mundial, atrás apenas de Estados Unidos e França. "Após as movimentações recentes, o País ultrapassou Reino Unido e Alemanha, que historicamente ocupavam a terceira e a quarta colocação", diz o executivo, referindo-se às aquisições de Talent e AG2. Em relação à holding, somando-se os resultados de Publicis, Leo Burnett, F/Nazca S&S e das outras operações, o Brasil é o sexto mercado, mas Lévy diz que naturalmente o País e a China entrarão no Top Five, ocupando algo entre a terceira e a quarta colocação em breve.
O CEO e Chairman do Publicis Groupe revelou ainda que ele coordenará as discussões sobre internet no encontro do G-8 em Paris, nos próximos dias 24 a 26 de maio. Ele apresentará os resultados para os chefes de estado dos países que compõem o bloco. Questões como privacidade e os novos paradigmas da mídia digital são alguns dos tópicos que serão abordados.
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