Novas denúncias de má conduta na comunicação
Jeremy Perrott, CCO global da McCann Health, foi demitido e John Schnatter, fundador da rede de pizzarias Papa John’s, renunciou ao cargo
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Roseani Rocha
12 de julho de 2018 - 17h16
Apenas um dia após o Grupo Ogilvy ter anunciado a demissão de seu chief creative officer global, Tham Khai Meng, após uma investigação sobre “mau comportamento” desencadeada por reclamações de funcionários da rede, dois novos casos surgiram nesta quinta-feira, 12, um em agência e outro em anunciante.
Jeremy Perrott, CCO global da McCann Health, foi demitido sob a alegação de violar o código de conduta da companhia. A notícia foi divulgada inicialmente pela Campaign US, e ao AdAge, parceiro de conteúdo do Meio & Mensagem os porta-vozes da McCann não deram detalhes sobre a natureza dessas violações, mas emitiram o seguinte comunicado:
“Recebemos uma reclamação sobre uma violação do nosso Código de Conduta feita por Jeremy Perrott. Como resultado, após uma investigação, ele não faz mais parte da companhia. Nossa prioridade é estimular um ambiente de trabalho onde as pessoas sejam respeitadas, valorizadas e, mais importante, onde as pessoas se sintam seguras e protegidas para denunciar ações que vão contra nossos valores e códigos de conduta”, afirmou a nota.
Antes de sua dispensa, Perrott atuou por décadas na publicidade relacionada à saúde. Em 2014, foi presidente do júri do primeiro Lions Health Pharma. Antes de ir para a McCann, em 2008, foi diretor de criação do McCann Worldgroup na região Ásia-Pacífico. Também teve vários cargos na área criativa da McCann Erickson em Tokyo, Nova York, Londres e Seul. Ele não comentou sua saída da McCann Health.
O outro caso divulgado nesta quinta é o da renúncia de John Schnatter, fundador da rede de pizzarias Papa John’s, uma das marcas patrocinadoras da NFL, a liga de futebol americano. O cas aconteceu como consequência do uso do termo “negro”, que na cultura americana é uma forma muito pejorativa de se referir à população afrodescendente, durante uma conference call em maio. Ao ser perguntado como se distanciaria de grupos racistas, ele se queixou de que “O coronel Sanders chamava os pretos de negros e nunca enfrentou qualquer repercussão”, disse em alusão ao fundador do KFC.
Em nota, admitiu o uso do termo e disse que independentemente do contexto, pedia desculpas. O media training que suscitou o novo escândalo havia ocorrido após, em novembro, Schnatter causar tumulto ao associar as vendas baixas ao furor causado pelos protestos dos jogadores da NFL contra a desigualdade racial (ficaram célebres as imagens dos jogadores ajoelhados durante a execução do hino nacional).
(*) Com informações do AdAge
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