Comunicação
Como funciona o modelo de quatro dias de trabalho semanais?
Brasil vai fazer parte dos testes que propõe manter a produtividade com menos horas de trabalho
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Taís Farias
23 de maio de 2023 - 6h00
Há tempos, notícias sobre empresas que reduziram sua jornada e adotaram modelos com quatro dias de trabalho semanais chamam atenção do público. Um caso recente famoso é o do Reino Unido que divulgou um estudo feito com 61 empresas para testar a produtiva com uma redução de jornada.
Os resultados foram positivos. As empresas mantiveram e, em alguns casos, até aumentaram o rendimento com um dia a menos. Além disso, após seis meses, o estresse e o esgotamento entre os profissionais diminuíram 71%. E a probabilidade de demissão declinou 57%.
Das empresas que participaram do estudo, 92% resolveram continuar com quatro dias de trabalho semanais depois do fim do piloto. Neste mês, essa mesma iniciativa chegou ao Brasil.
A partir de setembro, o Brasil terá um projeto piloto para analisar a possibilidade de reduzir a jornada para quatro dias úteis. O processo será conduzido pela instituição global 4 Day Week Global e o Boston College, que lideraram a iniciativa em outros países.
A Reconnect Happiness at Work, empresa brasileira especializada em felicidade corporativa, será parceira do projeto. Empresas de todos os tamanhos e setores pode participar do programa a partir de uma inscrição no site.
Em junho e julho, a Reconnect vai oferecer sessões com informações sobre o piloto para as empresas interessadas, explicando a metodologia e as análises necessárias. A proposta do projeto prevê um esquema de 100-80-100. 100% de salário, 80% de tempo com 100% de produtividade.
Ao longo do experimento, os participantes vão receber instruções e suporte para lidar com o redesenho da semana, gestão de tempo, métricas e mudanças na comunicação. Apesar de nas experiências anteriores ter melhorado o bem-estar dos profissionais, o grande foco do estudo é a produtividade.
Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness at Work, conta que o Brasil é preciso primeiro desmistificar o tema. Isso porque a produtividade ainda é encarada como sinônimo de horas trabalhadas.
“Muitas pessoas e empresas atualmente contam com excesso de reuniões, distrações e microgerenciamento. Há muita ‘perda de tempo’ no modelo atual. Estudos mostram que somos produtivos menos de 3h por dia”, aponta a executiva. Ela acrescenta: “O mundo mudou muito nos últimos 100 anos. Há muita tecnologia a nosso favor e podemos redesenhar a jornada de trabalho revendo novas formas de atuar, mais produtivas e mais saudáveis”.
Segundo Renata, nos países que já testaram, o ganho de produtividade veio de fatores como a revisão da quantidade e duração de reuniões, mudança na prioridade das atividades, criação de uma comunicação mais eficiente e transparente, automação de processos e outros.
“Muito importante entender que é uma construção conjunta e não um tema de uma só área específica. Os líderes precisam ser exemplo, mas é preciso que todos se envolvam. Só assim é possível manter a produtividade elevada com as mudanças. A responsabilidade é de todos”, reforça.
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