Spin-off da Adventures Inc., agência Jones chega ao mercado

Caio Fulgêncio
1 de junho de 2023 - 6h00

Com um modelo de gestão circular, a agência Jones – spin-off do ecossistema Adventures Inc. – chegou oficialmente ao mercado publicitário nesta quinta-feira, 1º. A nova empresa nasce com mais de 150 profissionais e já possui na carteira sete clientes fixos. São eles: Tinder, Pizza Hut, Rede Frango Assado, KFC, John Deere, Ademicon e Sabin Diagnóstico.

Agência Jones chega ao mercado com o board formado por Beatriz Patara, Marcelo Chianello, Carol Rosa e Edwin Junior (Foto: Divulgação)

Com sede em São Paulo (SP), os co-CEOs Marcelo Chianello e Edwin Junior integram a operação no board executivo. Além deles, Beatriz Patara ocupa o cargo de chief operating officer (COO) e Carol Rosa é a chief creative officer (CCO), compondo o board técnico.

Junior explica que, antes do spin-off, o serviço em publicidade e propaganda era uma das três verticais da Adventures, holding lançada em 2020. Nesse sentido, a área, além das marcas internas, também acumulou clientes externos, incluindo o TikTok, quando chegou ao Brasil. Em seguida, com o crescimento da vertical, houve a decisão de formar uma agência, que se propõe a ter mais agilidade e autonomia.

“Nos últimos dois anos, focamos muito no que sabíamos fazer bem, que era levar resultados com criatividade para as marcas. Hoje, criamos a Jones, porque a agência ficou tão grande dentro do ecossistema que começou a ganhar vida própria”, ressalta o co-CEO.

Na composição do negócio, segundo Chianello, a diversidade é um dos temas mais importantes. Do total de profissionais, a Jones possui um percentual de 60% de mulheres, nos mais variados recortes. “Entendemos que a melhor forma de criarmos e lançarmos coisas no mundo é termos a representatividade dos consumidores, que são diversos”, fala.

Gestão circular

Beatriz explica que, após conversas com empresas menos verticalizadas, a equipe desenhou o modelo de gestão adequado à necessidade da agência e ao tipo de serviços prestado. Chianello complementa que um dos principais diferenciais é o processo de decisão colegiado dos integrantes do board.

“É uma operação com níveis de gestão, mas não é sobre hierarquia. Temos um board, uma liderança estratégica composta por diferentes níveis hierárquicos, em que todos são responsáveis por gerir uma entrega técnica e a decisão final é colegiada. Como resultado, isso gera mais agilidade e expertise em diferentes tipos de olhares técnicos para uma mesma coisa, resultando um produto mais estratégico e integrado”, salienta.

Dentre os cases, Jones assinou o reality show Safra de Inovações, feito para John Deere (Crédito: Divulgação)

Carol ressalta que o jeito de gerir a agência também influencia, diretamente, na forma que o trabalho é desenvolvido. Por isso, a CCO diz que, desde o começo, a proposta sempre foi criar uma comunicação “on demand”, fora dos procedimentos das agências tradicionais, com etapas separadas.

“Tudo o que fazemos é muito focado em indicador-chave de performance (KP) e resultados, mas deriva de um processo de hackear a cultura para levar ao engajamento, à venda e ao conhecimento e memória de marca. Em outras palavras, a ideia é pegar os dados e buscar uma solução on demand não interruptiva, focada em entretenimento e cultura”, diz.

Entre os cases, a agência assina o videocast Match o Papo, para o Tinder. Além disso, para John Deere, criou o reality show Safra de Inovações, veiculado na CNN Brasil, além de uma popup store para a venda de uma coleção de roupas.