Wild Turkey sob o brilho de uma nova estrela
Matthew McCounaghey, novo diretor criativo da marca de bourbon whiskey do Grupo Campari, explica por que aceitou o desafio de estrear na publicidade
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Roseani Rocha
20 de setembro de 2016 - 8h00
Quando o ator Matthew McConaughey apareceu ao público no filme Clube de Compras Dallas, de Jean-Marc Vallée, representando o eletricista texano Ron Woodroof, chamou atenção por dois fatores: a atuação impecável e o visual esquálido, já que interpretava um personagem que contrai HIV e inicia uma batalha contra a indústria farmacêutica e de busca por tratamentos alternativos, chegando a contrabandear medicamentos do México. A interpretação e dedicação ao papel lhe renderam o Oscar de Melhor Ator, em 2014.
Quando ele foi anunciado como diretor criativo da marca de Bourbon whiskey Wild Turkey (desde 2012 no portfolio do Grupo Campari), no início de agosto, a questão levantada, como no caso de outras celebridades que têm sido anunciadas como parceiros criativos de marcas, foi “até que ponto isso é pra valer?”. Ao participar este mês, em Nova York, do lançamento da primeira campanha tendo Matthew à frente da criação, foi possível atestar comprometimento igual ao que tem com seus trabalhos no cinema. Após atender um grupo bastante restrito de veículos para entrevistas individuais, entre os quais o Meio & Mensagem, o ator subiu ao espaço onde ocorreria dali a pouco uma coletiva de imprensa e fez questão de orientar a equipe de produção sobre detalhes de som e luz. Queria que tudo estivesse perfeito para a primeira exibição pública do comercial intitulado “It’ll find you”, executado em parceria com a J. Walter Thompson de Nova York. O envolvimento de Matthew com a marca e seus master distillers – Jimmy e Eddie Russell – começou há três anos, numa visita à destilaria no Kentucky, estado que é um polo produtor da bebida. A afinidade com produto e seus criadores foi se aprofundando e tornou-se uma conversa, há um ano, sobre a possibilidade de o ator virar o rosto da marca e, assim, também ajudá-la a se comunicar com um público mais jovem. O que aconteceu dali em diante, o próprio Matthew explica na entrevista a seguir.
Wild Turkey
Sempre apreciei um bourbon. Tive alguns momentos muito bons, curtindo um Wild Turkey. E os encontrei (Jimmy e Eddie Russell) há três anos. Ano passado, falamos sobre eu talvez ser o rosto da campanha. Quanto mais tempo passava lá, mais aprendia sobre a história do bourbon como uma invenção americana e a história da Wild Turkey em particular. Passei a ficar mais e mais interessado sobre o tema, o enredo e passei a ter ideias, instintivamente. Uma medida que costumo usar para avaliar se me envolvo em um novo projeto é quando me afasto dele. Avalio quanto ele me vem à cabeça durante o dia, se há algo que de fato me lembre a respeito. Esse é um bom determinante para mim, então, se isso ocorre, penso que é hora de dar o próximo passo. Tive de fato muitas ideias a respeito.
Nova comunicação da marca
O DNA é o mesmo. É muito autoconfiante. Esses homens sempre souberam o que o produto deles é e como fazer. E nunca mudaram isso. Então, é muito autoconfiante. Nossa história fala sobre uma jornada de Wild Turkey rumo a um destino, passando por lugares que fazem entender porque Wild Turkey está lá. Quando vejo cada um daqueles lugares penso “gostaria de estar lá”. É importante para a marca mostrar lugares que as pessoas queiram estar; tem um pouquinho de realidade mágica, na passagem do tempo e do espaço. E obviamente nós temos uma turma muito jovem. Bourbon ainda está muito associado a homens de 45 anos bebendo depois do trabalho. (Eddie Russell intervém: “Sim, homens jogando cartas, fumando. E agora está se tornando uma bebida muito mais cosmopolita e as mulheres são um público significativo em nosso mercado agora”). Então, não se trata mais de somente homens nos seus 45 anos, jogando cartas. Há uma população mais jovem, deixando claro que quer um bourbon autêntico e é aí onde se encontra Wild Turkey.
Tempo da publicidade e do cinema
São desafios diferentes. Eu amo histórias! E você também pode colocar bastante história em uma peça de 30 segundos. As imagens têm que contar muito e precisam se mover num ritmo deliberadamente rápido. Para este primeiro filme, minha equipe e eu começamos a trabalhar com uma história maior e depois fomos editando. As imagens têm que ter muito impacto, a trilha sonora também. E você precisa ser memorável, porque existem tantos comerciais hoje na televisão e online como jamais tivemos antes. Qual vai se fixar no intervalo de quando você está assistindo a um jogo ou um programa, e você odeia comerciais no meio do que quer que você esteja vendo? De qual você vai se lembrar e talvez assistir de novo? Em 30 segundos, há coisas que você não vai ver pela segunda ou terceira vez se não te capturar já na primeira vez. E admiro isso em certos comerciais.
A íntegra desta entrevista está publicada na edição 1728, de 19 de setembro, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
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