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Opinião

Um novo evento de tendências e o que eu trouxe na mala

“Obrigada pela sua impaciência!” Foi assim que David Cohen, CEO do IAB, não apenas abriu o evento, mas fez questão de reforçar a cada palestra


18 de fevereiro de 2022 - 15h26

(Crédito: shutterstock)

Todos os anos, a matriz do IAB nos Estados Unidos reúne os principais líderes do mercado em um evento chamado Annual Leadership Meeting. Este evento normalmente dá o tom sobre as necessidades do mercado e, principalmente, mostra em que o IAB deve focar seus esforços.

“Obrigada pela sua impaciência!” Foi assim que David Cohen, CEO do IAB, não apenas abriu o evento, mas fez questão de reforçar a cada palestra. David apresentou diversos temas que têm despertado a impaciência de muitos.

O sentimento geral é uma busca por respostas rápidas e a sensação é que todo mundo tem uma resposta na ponta da língua, mas ninguém tem A RESPOSTA que acomode todos os interesses.

Incrível como todos sabem o que é preciso fazer: pensar no consumidor primeiro, cuidar da privacidade, trazer mais tecnologia para a mesa, começar uma nova era de mensurações e organizar os identificadores pessoais.

Mas, ao mesmo tempo, tudo parece complexo demais para que as respostas sejam rápidas.

A inquietude mostrou os espaços que ainda precisam ser preenchidos:

– As métricas que ainda desafiam os encontros e as atribuições de resultados, que ainda consideram práticas de uma gestão de meios que não existem mais. Há uma busca incessante por tecnologias e serviços que diminuam essas fricções;

– Muita expectativa sobre o Metaverso. Alguns que fazem sátiras e ridicularizam a forma e outros que já percebem materialização e resultados em um momento presente, dentro do universo de games, realidades virtuais e cenários construídos em tempo real que poderiam, inclusive, baratear custos de produção de vídeo e, obviamente, das possíveis diversas personas que poderão ser exploradas por um mesmo indivíduo;

– Privacidade de dados e o entendimento de que este conceito pode ser elástico e, muitas vezes, subjetivo. A complexidade da gestão dos dados na perspectiva das autoridades, das empresas e principalmente da sociedade. Será que um cidadão médio sabe o que são cookies? Que efeito geramos quando abrimos tanto a caixa de ferramentas e apresentamos ao público geral uma linguagem ainda complexa e muitas vezes amedrontadora?

O IAB lançou um estudo sobre a maturidade do mercado a respeito da adoção de tecnologias para gestão de dados. Vale conferir.

Mas quero focar no que brilhou por aqui.

Áudio: Incrível o frescor trazido pelo universo de áudio e as inúmeras possibilidades que ainda podem ser exploradas. Nosso sentido mais primitivo, uma excelente ferramenta de comunicação que apresentou uma consolidação sem tamanho, métricas novas, plataformas, players e tantos caminhos que ainda não foram explorados.

Muito mais que a renovação do rádio, a possibilidade do som, que permite “liberar” nossos outros sentidos e a nossa criatividade.

Marcas: Bom demais ver a maturidade e o entendimento da responsabilidade sobre administrar seus próprios dados. Muito mais do que exigir que outros resolvam estas inconsistências, as marcas entenderam que investir neste “domínio operacional” dos seus próprios dados pode ser uma vantagem competitiva, como é o caso das empresas que investem em “Clean Rooms” e percebem este investimento sendo amortizado quando colocam na ponta do lápis todo o desperdício de investimento feito em pessoas duplicadas, impactos desnecessários.

Ainda no universo das marcas, GAP lançando a GPS media, mostrando ao mundo o valor da comunidade de clientes fiéis dentro das suas marcas. Nada de tão novo, mas a forma como é apresentado, o cuidado com o contexto e o fit para o target deixa de ser lugar comum.

Marketplace: Trouxe para os palcos uma visão de abertura de uma infinidade de negócios que poderão surgir a partir da criação daquele ambiente. Negócios dentro do marketplace vão muito além da abertura de loja ou empreendedores que conseguem usar bem a plataforma. Existem intermediários, facilitadores, serviços dentro dos serviços como se os marketplaces criassem novos bairros e, a partir deste primeiro passo, vários negócios passassem a se desenvolver dentro disto. São inúmeras possibilidades de serviços agregados, como otimizadores de performance com foco em um marketplace específico, produtores de conteúdo e um empreendedorismo que se ramifica.

Uma semana de palestras, muito conteúdo e muito trabalho pela frente!

Vale muito a pena assistir ao conteúdo online.

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