Violência contra a mulher: como a Avon combate nessa luta

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Violência contra a mulher: como a Avon combate nessa luta

Na ação "Você não está sozinha", objetos narram, impotentes, cenas de abusos físicos e psicológicos


10 de abril de 2019 - 8h20

(Crédito: Reprodução)

“Com uma expressão que eu nunca tinha visto. Em nenhum filme, em nenhuma série. Ele me agarrou enquanto gritava. Fui pressionada com toda a força sobre a cabeça dela. Queria ter conseguido sair dali. Queria ter gritado tão alto quanto ele, ter impedido aquilo de alguma forma”. Esse trecho, que faz parte da mais recente campanha do Instituto Avon no combate à violência doméstica, foi narrado por uma almofada. O objeto, inanimado, foi a única testemunha de mais uma agressão a uma mulher, cometida pelo seu parceiro.

Simbólica, a narrativa da almofada representa o quanto a violência contra as mulheres ainda é um problema que fica escondido aos olhos da sociedade. Por isso, os objetos da casa foram a escolha do Instituto Avon para a nova campanha de combate aos abusos físicos, psicológicos e sexuais que muitas mulheres passam diariamente.

“As mulheres, na maioria das vezes, estão sozinhas em casa no momento da violência e sua única testemunha é silenciosa, imóvel e não pode fazer nada por ela. Além disso, são desacreditadas quando buscam denunciar o parceiro, sendo esta uma batalha realmente solitária. O objetivo é reforçar que, apesar de não ter uma testemunha que possa falar por elas, elas não estão sozinhas”, diz Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.

Com uma agenda que, há tempos, procura cuidar de temas relacionas ao bem-estar feminino, passando desde prevenção ao câncer de mama, ao estímulo ao empreendedorismo e combate a desigualdades e preconceitos, o Instituto Avon, junto com a agência J. Walter Thompson, decidiram fazer um alerta a toda a sociedade a respeito dos casos de violência. Com o título “Você não está sozinha”, a campanha reúne sete diferentes histórias de abusos físicos, sexuais e psicológicos enfrentados por mulheres e meninas, narrados por objetos domésticos, como uma taça, uma panela ou um urso de pelúcia.

As histórias narradas são inspiradas em casos reais e, segundo a diretora do Instituto Avon, foram buscadas pela agência nos cinco tipos de violência doméstica definidos pela Lei Maria da Penha. “As histórias buscam contextualizar e humanizar eventos que, lamentavelmente são mais do que ocorrências isoladas e constituem verdadeiros padrões de comportamento na nossa sociedade. Para alterarmos esses padrões precisamos alcançar suas raízes culturais e transformar os modelos mentais que perpetuam esse problema sistêmico”, argumenta Daniela.

(Crédito: Divulgação)

Além do site Você Não Está Sozinha, que reúne as história de violência, a campanha também está sendo exposta ao público por outras vitrines. A primeira exposição dos cartazes aconteceu durante o fórum Fale Sem Medo, realizado em março, em São Paulo, com apoio da ONU Mulheres. Posteriormente, as peças da campanha foram espalhadas pelo mobiliário urbano e outros pontos estáticos de São Paulo. Na Avenida Paulista, quatro painéis com QR Code levam o público diretamente ao site da campanha, onde as pessoas também poderão contar histórias de casos de violência.

Para o Instituto Avon, o papel da companhia é, cada vez mais, dar visibilidade ao tema, ampliando o debate e, dessa forma, contribuindo para a redução a cultura da violência. “No segundo semestre vamos realizar a campanha de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas, período que se inicia em 25 de novembro (data próxima do Dia da Consciência Negra) e vai até o dia 10 de dezembro (Dia dos Direitos Humanos)”, antecipa Daniela. “ Além das campanhas de conscientização, em seus onze anos de atuação, o instituto já destinou R$ 30 milhões para 153 projetos voltados ao fortalecimento e integração da rede de proteção à mulher em situação de violência”, complementa a diretora-executiva.

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