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O metaverso será a próxima fronteira das agências de publicidade?

Lew'Lara e Oficina criam espaços no ambiente virtual para a realização de reuniões e experiências de convivência entre os colaboradores


30 de março de 2022 - 16h21

*Colaborou Isabella Lessa

O metaverso, ambiente virtual que permitirá – ao menos na teoria – a realização de diversas atividades por meio da integração de diferentes plataformas – já vem inspirando marcas e empresas a promoverem ações nesse universo.

Na semana passada, por exemplo, aconteceu a primeira semana de moda oficial no metaverso. A plataforma Decentraland abrigou os desfiles de marcas como Dolce & Gabanna, Tommy Hilfiger, Forever 21 e outras empresas, que aconteceram de forma totalmente virtual, oferecendo uma experiência imersiva para quem acompanhava.

O horizonte das possibilidades que esse novo ambiente abre é bem amplo e depende, ainda, da evolução da tecnologia e da popularização do próprio conceito de metaverso. Uma pesquisa realizada pela Toluna aponta que 80% dos brasileiros ainda não tiveram contato com esse mundo digital.

 

Lew’Lara\TBWA criou um ambiente virtual da agência para os funcionários frequentarem e interagirem (Crédito: Divulgação)

Apesar disso, algumas empresas já vêm projetando o futuro nesse ambiente – entre elas, as agências de publicidade. Nesta semana, a Lew’Lara\TBWA comunicou ao mercado sua entrada no metaverso. Segundo a agência, essa presença digital permitirá que os funcionários vivenciem todas as rotinas corporativas dentro de um ambiente virtual e imersivo.

Nesse metaverso da Lew’Lara, cada funcionário terá seu avatar, que pode ser personalizado por cada pessoa, com a escolha de roupas, cortes de cabelo, tons de pele, gênero e outros elementos de personalização. “Queremos aprender e vivenciar tudo o que o metaverso pode oferecer para as nossas marcas, e a melhor forma possível é testar o que a plataforma oferece, abrindo um espaço de convivência”, conta Marcia Esteves, CEO da Lew’Lara\TBWA.

Reuniões virtuais

No ambiente virtual da agência, por enquanto, já estão acontecendo reuniões entre a própria equipe e os clientes estão sendo convidados para também ingressar no espaço da Lew’Lara. “Nossa agência tem recepção, salas de reunião para cada um dos nosso squads para que as equipes possam utilizar de forma simultânea e garantindo confidencialidade em cada espaço, além de salas grandes de reunião para recebermos quem quiser nos conhecer”, conta Marcia.

Outra empresa que também já vinha procurando experimentar o ambiente do metaverso há algum tempo é a Oficina, agência de relações públicas e reputação do Grupo In Press. A CEO da operação, Patricia Marins, conta que a empresa trouxe ao Brasil a Virbela, uma plataforma dos Estados Unidos, para desenhar sua presença corporativa no ambiente do metaverso, a mesma utilizada pela Lew’Lara\TBWA.

Avatares trabalhando

“Nossa agência tem sala de reunião, de convenções, de seminários e até uma praia, onde fazemos happy hour”, diz Patrícia. A executiva relata que, no metaverso, cada colaborador pode ter uma experiência próxima a de trabalhar no ambiente real, seja andando pelos corredores ou sentando ao lado de colegas em estações de trabalho.

Ela diz que a experiência virtual foi adotada para ajudar a Oficina a remodelar o conceito de trabalho, que passou por diversas alterações durante a pandemia, com a inclusão de atividades remotas. “Dentro do escritório, no metaverso, voltamos a nos sentir mais humanos”, relata Patrícia sobre o ambiente virtual da Oficina.

Aluguel no metaverso

Em dezembro do ano passado, uma dupla de criativos dos Estados Unidos, conhecidos como Very Serious Partners, também aproveitou o interesse em torno do metaverso para se promover perante o mercado publicitário local.

Alex Morris e Oliver Finel ofereceram escritórios virtual em Decentraland para as agências que queriam ter uma sala ou ambiente no metaverso. O pagamento dos espaços virtuais seriam feitos por meio de criptomoedas e, em troca da criação do ambiente para essas agências, a dupla pedia as agências uma oportunidade de contratação.

Nesse ambiente de agências de publicidade em Decentraland, chamado AdLand, estavam empresas como MediaMonks, Mischief, JugVonMatt, Droga5 e outras operações.

Na opinião de Marcia Esteves, da Lew’Lara\TBWA, a transposição dos escritórios das agências para o metaverso tende a se tornar uma tendência à medida em que as pessoas adotem o ambiente virtual em suas vidas. “E conforme a tecnologia avança e nos oferece novas possibilidades de conexão com as pessoas, sempre vamos nos antecipar para aprender na prática a melhor forma de estabelecermos estes novos espaços como oportunidade para nossas pessoas e marcas”, conclui.

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