Y&R mantém conta de Casas Bahia
Via Varejo define concorrência pela maior verba da publicidade brasileira, além de Ponto Frio
23 de janeiro de 2014 - 8h25Após cinco meses de concorrência, a Via Varejo define que a Y&R seguirá com a conta de Casas Bahia, a maior verba da publicidade brasileira, além de Ponto Frio.
A definição oficial por parte do Comitê Executivo da Via Varejo, que reúne os principais executivos da operação de varejo de móveis e eletrodomésticos do Grupo Pão de Açúcar, foi tomada há instantes. Participaram da disputa também Lew´Lara\TBWA, Loducca, NBS e Publicis.
Segundo o comitê, a definição pela manutenção da Y&R no atendimento se deve à aderência estratégica da agência às marcas da empresa e sua experiência no setor de varejo e consumo. Um porta-voz reforçou que as agências analisadas eram muito boas e que elas deixaram os membros do comitê impressionados.
No entanto, a experiência contou a favor da Y&R que, desta forma, mantém a posição de maior agência da publicidade brasileira. Segundo o ranking Agências e Anunciantes, Casas Bahia investiu R$ 1,3 bilhão em compra de mídia com desconto em 2012. Já Ponto Frio foi o 38º maior anunciante do País naquele ano, com R$ 154 milhões de investimento.
Pelos dados do Ibope Monitor, que considera os valores de tabela cheia divulgados pelos veículos, sem os descontos normalmente negociados por anunciantes e agências, a Unilever ultrapassou a Casas Bahia no primeiro semestre de 2013.
Há dez anos, mais exatamente em 2003, a Unilever perdeu a liderança do Agências & Anunciantes para a Casas Bahia. Por atender a conta desde 2002, a Y&R também assumiu a liderança do ranking nacional em 2003. Desde 2010, a agência concentra também a verba de Pontofrio, antes dividida entre DM9DDB e Fischer.
A Via Varejo, surgida após a fusão da Casas Bahia, da família Klein, com o Ponto Frio, do Grupo Pão de Açúcar, tem o GPA como acionista majoritário. O grupo ainda deve definir a agência que será responsável pela verba de Pão de Açúcar, que compreende bandeiras como Pão de Açúcar e Extra. O Havas havia conquistado a conta no final de dezembro, mas divergências contratuais interromperam o processo, que segue indefinido.