Cannes lança Lions Entertainment

Alexandre Zaghi Lemos
20 de outubro de 2015 - 11h48

O Festival Internacional de Criatividade de Cannes, já inchado com 21 competições em 2015, anuncia uma mudança em seu cardápio de seminários e premiações para 2016: o lançamento do Lions Entertainment. A nova área irá substituir a premiação de Branded Content & Entertainment e será realizado como um programa paralelo ao Cannes Lions, como já ocorre com o Lions Health e o Lions Innovation.

Na prática, as atuais 21 competições devem subir para 22, com a substituição de Branded Content & Entertainment pela novas Entertainment Lions e Entertainment Lions for Music. O malabarismo na agenda do festival será o de condensar todas as premiações, seminários e eventos paralelos em apenas oito dias, um a menos que o evento de 2015. A programação paralela do Lions Entertainment, que possibilitará inscrições somente nesta área, ocorrerá nos dias 23 e 24 de junho de 2016 (a quinta e a sexta da etapa final do evento).

Além de responder ao aumento de interesse de anunciantes e agências por esta área, o Lions Entertainment também pretende resolver um impasse que vinha sendo observado nos últimos anos na competição de Branded Content & Entertainment. Muitos jurados dessa categoria reclamavam reformas, a ponto de não terem concedido Grand Prix nas duas últimas edições.

Philip Thomas, CEO do Lions Festivals, tem a esperança de que como evento paralelo, com programa específico focado no entretenimento, a nova área atraia a atenção de mais especialistas, como ocorreu com o Lions Health, por exemplo. "Os clientes estão nos dizendo que o entretenimento já reapresenta uma grande parte da indústria e que o trabalho para essa área tem que ser mais criativo", afirma, em comunicado oficial.

Jae Goodman, chief creative officer e co-head da CAA Marketing, vencedor do primeiro Grand Prix de Branded Content & Entertainment, em 2012, acredita que a instituição do Lions Entertainment reflete a necessidade da criação de conteúdo se afastar de formatos que interrompem o entretenimento e se focar na criação do próprio entretenimento. “E, claro, entretenimento precisa ser mais do que divertido, ele precisa alcançar resultados de negócios para as marcas”, ressalva.