Aquecimento global (e local) em Amsterdam

Buscar

Aquecimento global (e local) em Amsterdam

Buscar
Publicidade

Marketing

Aquecimento global (e local) em Amsterdam

Entidade que difunde padrão de sustentabilidade mundial busca credibilidade dos dados das ?estratégias verdes? das empresas


22 de maio de 2013 - 12h33

(*) Por Ernesto Bernardes

Começa nesta quarta-feira, 22, em Amsterdã, capital da Holanda, a Conferência Global sobre Sustentabilidade e Relatórios Corporativos, organizada pelo Global Reporting Initiative (GRI), organismo que estabelece o padrão mais difundido no mercado para os relatórios de sustentabilidade. Participam mais de 1,5 mil representantes de empresas, ONGs, governos e entidades reguladoras do mercado, vindos de todo o mundo. O clima está quente, mas não por causa do efeito estufa: o encontro se iniciará com a divulgação das novas diretrizes do GRI e a previsão é de que isso aumente a temperatura das discussões.

No ano passado, havia sido anunciado que as exigências para a publicação dos relatórios de sustentabilidade seriam simplificadas. Foi um alívio para muitos que sofriam com as dificuldades em gerir a enorme lista de indicadores sociais e ambientais prevista pelo GRI. Mas, a tranquilidade durou pouco. Os documentos preparatórios indicam que a entidade endurecerá as exigências de conteúdo e incentivará a contratação de empresas de auditoria para verificação independente dos dados fornecidos (uma prática que ainda é seguida somente por uma minoria das companhias).

O endurecimento faz parte de uma luta para garantir a credibilidade dos relatórios, em um mundo onde todo mundo parece “vender” uma estratégia verde. Ecologistas e militantes de movimentos sociais têm atacado duramente os conteúdos produzidos por grandes empresas – das campanhas de publicidade aos documentos oficiais – no que diz respeito à sustentabilidade. ONGs produzem vídeos virais respondendo com acusações aos comerciais de TV dessas companhias. Blogs se especializam em demolir o discurso verde das corporações. E ambientalistas chegam a produzir relatórios de insustentabilidade de empresas cujas políticas eles não aprovam. Nesse quadro, o GRI concluiu que a melhor defesa é o ataque. Ou seja, vai pressionar cada vez mais as empresas para que apresentem dados e discursos consistentes ou seus relatórios não terão validade. O tempo esquentou.

(*) Ernesto Bernardes é diretor executivo da TV1 Conteúdo. Ele está em Amsterdã, na Holanda, e escreve em colaboração para Meio & Mensagem.
 

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Entenda a recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia

    Entenda a recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia

    Renegociação será feita direto com os credores e promove alongamento da dívida e mudança nos juros pagos

  • Colgate-Palmolive inaugura no Brasil centro de experiências e imersão tecnológica

    Colgate-Palmolive inaugura no Brasil centro de experiências e imersão tecnológica

    Espaço de 331 metros quadrados é o primeiro do gênero que a companhia inaugura no mundo e tem até uma linha fabril compacta