Entenda a recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia
Renegociação será feita direto com os credores e promove alongamento da dívida e mudança nos juros pagos
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Meio & Mensagem
29 de abril de 2024 - 11h19
Na noite do domingo, 28, o Grupo Casas Bahia, dono de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio, Bartira e Extra.com, anunciou o pedido de recuperação extrajudicial para o reperfilamento de suas dívidas financeiras avaliadas em R$4,1 bilhões. Na prática, o reperfilamento é uma renegociação que permite alongamento de prazos, redução de taxas e alteração de condições.
Diferente das recuperações judiciais, que são mediadas pelo Poder Judiciário por meio da Lei da Falência e Recuperação de Empresas, a recuperação do Grupo Casas Bahia acontece de forma extrajudicial. Ou seja, fora das vias judiciais, negociando direto com os seus credores.
Com o acordo, o Grupo terá um alongamento da dívida que salta de 22 meses, pouco menos que dois anos, para 72 meses, seis anos. Os juros pagos também foram renegociados e vão corresponder ao CDI, que varia entre 1% e 1,5%. Essa mudança acarretará uma redução 1,5 pontos percentuais no custo total da dívida.
O montante em questão e a renegociação se referem apenas aos credores financeiros da varejista, que também poderão converter parte dos créditos em ações da companhia se assim desejarem. Em comunicado, a companhia informou que, no momento do pedido de recuperação extrajudicial já contava com a adesão formalizada dos principais parceiros financeiros para a aprovação.
Na mesma nota, o CEO do grupo, Renato Franklin, relacionou o movimento ao plano de transformação da companhia anunciado no ano passado e as flutuações macroeconômicas. “Desde a minha chegada em maio de 2023, tínhamos um objetivo claro de equacionar a estrutura de capital e perfil do endividamento dado um cenário macroeconômico desafiador, com elevadas taxas de juros”, escreveu.
O plano inclui a redução de até R$ 1 bilhão em estoques, levando produtos de menor lucratividade para o marketplace e deixando as lojas físicas com produtos estratégicos. Assim como o fechamento de até 100 unidades, demissão de seis mil funcionários e redução de até 40% dos seus investimentos. A estratégia acompanhou a chegada de Franklin ao cargo.
Segundo o executivo, a companhia ainda não chegou à metade da execução do Plano. “Continuaremos focados nas alavancas operacionais, melhorando nossa eficiência e produtividade”, escreveu.
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