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Como usar o algoritmo do YouTube a favor de seu conteúdo

Lucas Herdy, coordenador de operação digital da ViU Hub, estudou o comportamento da plataforma e aponta indicadores do que pode ser favorecido


1 de outubro de 2018 - 8h14

Os algoritmos do YouTube atuam de acordo com alguns padrões e identificá-los deve ser o exercício de marcas ou produtores de conteúdo que querem ver sua produção ganhar audiência. Lucas Herdy, coordenador de operação digital da ViU Hub, estudou alguns indicativos daquilo que pode ir bem na plataforma e, com base nisso, o que pode servir como insight.

Foram analisados mais de 900 mil vídeos publicados de 2016 ao primeiro semestre de 2018 com exceção apenas das categorias infantil e música que possuem comportamento peculiar. Em janeiro de 2016, os canais brasileiros das categorias analisadas acumularam 17 bilhões de visualizações, em janeiro de 2017, eles tinham 27 bilhões e, em janeiro de 2018, chegaram a 40 bilhões de views. “Esse estudo se baseia no conceito de growth hacking que é de aliar o conhecimento de marketing e conteúdo ao conhecimento da plataforma com foco em crescimento”, explica Lucas.

Ele lembra que o ponto de virada do YouTube como entretenimento foi em 2013, quando a plataforma mudou a métrica de busca para a de conteúdo. “E os algoritmos deixam de ser lineares para terem como base a inteligência artificial”, afirma. Lucas ressalta que, o estudo também se baseou em um paper lançado pelo Google no final de 2016 chamado “Redes neurais para recomendações no YouTube” que deram pela primeira vez alguns insights de como os algoritmos da plataforma funcionam.

“O watch time continua sendo a métrica principal do YouTube, mas outros dois conceitos foram adicionados como: vídeos recentes e frequência de upload, ou seja, quanto mais se posta, mais relevância se tem no algoritmo”, afirma. Analisamos, com base nesses dados, o tipo de conteúdo que é favorecido na plataforma. Entre eles estão: conteúdo diário, alta qualidade de imagem e também advertiser friendly.

Duração
O levantamento mostra que, em 2015, os vídeos mais vistos tinham de 3 a 9 minutos. No ano de 2016, essa média passou a ser de 6 a 11 minutos e, em 2018, de 8 a 15 minutos. “Identificamos que o consumo de vídeo longo vem crescendo e podemos ver conteúdo como o do Felipe Castanhari, por exemplo, que podem chegar a até uma hora indo muito bem”, diz Lucas.

Uploads
O levantamento identificou que, segunda e domingo são dias menos escolhidos para subir vídeos. A quantidade de upload menor de segunda e domingo representa um gap na oferta e uma oportunidade de subir vídeos nesses dias. “Naturalmente que cada audiência tem seu comportamento, mas esse pode ser um indicador importante”, diz Lucas.

Velocidade
O YouTube vem acelerando a esteira de views, ou seja, a vida útil de um vídeo é cada vez menor e isso vem levando muitos influenciadores a um processo de burnout e até mesmo de bloqueio criativo.

Crescimento
Como chave importante para crescimento, Lucas identificou que um canal cresce por degraus. E, na maioria das vezes, ajudado por um vídeo suporte. “O vídeo suporte acaba gerando um boom de audiência e quando isso acontece o canal, geralmente, não volta para o mesmo patamar”. Lucas aponta como exemplos o vídeo “Adele Wi-Fi” que potencializou o canal de Whindersson Nunes.

Advertiser Friendly
Outra tendência identificada por Lucas foi o conteúdo advertiser friendly, ou seja, que tenha um conteúdo seguro para marcas. Sobretudo, depois do boicote realizado no ano passado por várias empresas que tiveram seus anúncios publicados em vídeo de conteúdo tóxico.

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