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Facebook veta distribuição de notícias na Austrália
Com validade imediata, medida é uma reação ao projeto de lei que visa obrigar as plataformas a remunerarem os publishers pela circulação de seu conteúdo
Facebook veta distribuição de notícias na Austrália
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Taís Farias
18 de fevereiro de 2021 - 13h41
Nesta quarta-feira, 17, o Facebook confirmou a decisão de bloquear o compartilhamento de links de notícias por usuários de sua plataforma na Austrália. O movimento é uma reação ao projeto de lei do governo australiano que pretende determinar que a rede social e as plataformas de busca paguem aos publishers pela receita que é gerada pelo compartilhamento de seus conteúdos e notícias.
A medida teve validade imediata e afeta tanto veículos e usuários australianos que não poderão postar ou compartilhar notícias, quanto os publishers e usuários internacionais que não poderão divulgar ou acessar conteúdo de páginas da Austrália. No anúncio da decisão, o diretor geral do Facebook na Austrália e Nova Zelândia, William Easton, disse que a proposta do governo compreende mal a relação entre plataforma e publishers. Ele também afirmou que a plataforma estava preparada para lançar o Facebook News no país e aumentar os investimentos em publishers locais, mas não contava com as novas regras.
Easton ainda disse que a companhia, agora, irá priorizar os investimentos em outros países. O Facebook não é a primeira plataforma a reagir ao caso. Em um comunicado em seu blog, a Microsoft afirmou que os Estados Unidos deviam adotar sua própria versão da lei. Apesar de afirmar que a medida seria uma forma de defender a democracia e a imprensa livre, o movimento também seria uma oportunidade de avançar com sua própria plataforma de busca, o Bing, com as restrições a outros buscadores.
Também na quarta-feira, 17, o Google, que tem lutado contra a lei e até ameaçou fechar seu mecanismo de busca na Austrália, anunciou um acordo de três anos com a editora News Corp. A gigante das buscas pagará à companhia pelas notícias produzidas por seus veículos jornalísticos. O acordo ainda prevê o desenvolvimento de uma plataforma de assinatura e o compartilhamento da receita de anúncios.
*Crédito da foto no topo: JBKdviweXI/ Unsplash
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