Por dentro do Game of Thrones

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Por dentro do Game of Thrones

Dan Weiss, um dos criadores da série, conta detalhes do sucesso que arrebata fãs em diversas culturas


13 de abril de 2014 - 10h54

Eles nunca haviam trabalhado para TV antes e criaram um dos maiores sucessos quando o assunto é séries. Dan Weiss, criador de Game of Thrones ao lado de David Benioff, abriu o segundo dia do RioContentMarket, nesta quinta-feira, 13, no Rio. Em um painel bastante disputado, ele contou curiosidades da saga que arrebata espectadores ao redor do mundo. Confira abaixo trechos do que Weiss revelou:

Carreira

“Queríamos carreiras em cinema, como roteiristas. Mas muitas frustrações vem junto com o trabalho em cinema. Um roteirista em Los Angeles tem pouco ou nenhum controle com o que acontece com suas palavras. Não se envolve com o processo de edição ou elenco, a não ser que o diretor te convide.”

O livro Game of Thrones

“Estes livros foram enviados para o David para adaptação para cinema. Não éramos fãs de fantasia quando éramos jovens. Mas ele leu as primeiras 20 páginas, ia largar por conta dos nomes tortos, que não faziam sentido. Só que chegou a cena que usamos como a última no nosso piloto. Não quero contar, pois alguns não viram, mas ela envolve um menino e uma janela. Ele não parou mais de ler. Me ligou e falou: compre o livro que é uma das experiências mais viciantes. Li em dois dias. E olho que não leio 900 páginas neste tempo nunca.”

TV, não cinema

“Percebemos que era uma oportunidade narrativa que acontece uma vez na vida para série em TV, mas não faz sentido para um longa. Não poderíamos reduzir este complexo mundo em três horas. E não haveria forma de fazer em nenhum outro lugar exceto na HBO. Era a única empresa na história da TV que teria recursos, vontade e disponibilidade de fazer uma história desta grandiosidade para adultos.”

Equipe

“Temos que passar a nossa visão para as pessoas da equipe. Alguma vezes elas falam ok, tudo bem. Em outras apresentam uma melhor versão da nossa visão com efeitos especiais, os atores, as cenas. Grande parte do nosso trabalho é saber quando a ideia de outra pessoa é melhor e desapegar da visão inicial.”

Locações pelo mundo

“Gravamos na Irlanda, Croácia, Marrocos e Islândia. Ainda fazemos os efeitos especiais em Los Angeles. Na TV, normalmente as gravações são feitas na ordem dos episódios, mas isso não é possível na nossa série, por conta das locações no exterior. Fazemos filmagens em bloco.”

Ponto final

“Uma das coisas que nos atraiu desde o início do projeto era que já havia a previsão de publicação de sete livros. Tinha uma conclusão, que seria fantástica. Infelizmente um dos modelos usados nos Estados Unidos é de que, se algo dá certo na TV, continue fazendo. Mas se um programa dura 12 anos, não vai ser muito bom depois deste tempo, com exceção dos desenhos animados. Quando Breaking Bad terminou, após cinco temporadas, parecia que tinha um buraco na minha vida. É um mérito da série. Nossa meta é terminar no ponto mais alto possível.”

Vencer ou Morrer

“Já na primeira temporada mostramos: ou você vence ou morre! Nem em um milhão de anos você pensaria que aquilo aconteceria com o personagem, mas ai acontece e muda o cenário da série toda. É uma angústia você investir em um personagem, torcer para que ele viva, e ele morrer. Mas assim é a vida. Isso torna a série mais empolgante. O personagem estar em uma situação perigosa, você achar que vai se salvar, mas não, ele morre. O ‘se’ é mais forte narrativamente do que o ‘como’.”

Interação nas redes

“É o oceano que nadamos, não faz sentido mudar isso, há benefícios e riscos. Não sei se é melhor ou pior, é diferente. Mas para a gente acho que tornou a experiência da série mais impactante do que se ela tivesse acontecido há dez anos atrás.” 

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