Saúde: o sono que desperta negócios

Buscar
Publicidade

Opinião

Saúde: o sono que desperta negócios

Os consumidores passam a olhar para os momentos de repouso – o sono – como decisivos na qualidade de vida, se preocupam com a quantidade e a qualidade do que estão consumindo


13 de janeiro de 2017 - 9h00

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

O mercado de saúde e bem-estar não para de crescer no Brasil e no mundo. Aqui, com a influência recente dos grandes eventos esportivos, cada vez mais brasileiros devem começar ou intensificar os cuidados com si mesmos, o que acaba aquecendo ainda mais o segmento. Mas, quais são os movimentos que têm ganhado cada vez mais adeptos, as novas modalidades e os comportamentos que mais têm chamado atenção e, consequentemente, gerado negócios?

Os consumidores passam a olhar para os momentos de repouso – o sono – como decisivos na qualidade de vida, se preocupam com a quantidade e a qualidade do que estão consumindo e, especialmente, aqueles que estão constituindo família agora, começam a repensar o universo que criam para os bebês, com o natural ganhando força e com evidente preocupação que o mundo – onde essas crianças vão crescer – seja melhor do que é hoje.

O repouso não é mais como era antigamente

Esqueça os domingos de pijama no sofá assistindo ao Netflix. As pessoas estão dando cada vez mais valor ao repouso “ativo”, no qual podem extrair benefícios seja para o corpo, seja para a mente: a hashtag #restday já tem mais de 1,2 milhão de fotos tageadas no Instagram.

A meditação tem ganhado espaço em diversas academias americanas, inclusive nas que funcionam 24 horas. Há diversos movimentos para criar novas modalidades, com aumento dos chamados “espaços de silêncio”, que misturam o já conhecido mindufulness (atenção plena) com outras novidades.

A crioterapia – aquela técnica da fisioterapia que aplica baixas temperaturas a regiões locais ou gerais do corpo – chega ao mainstream. Antes praticada por atletas de performance como Saquille O’Neil e Kobe Briant, tem sido cada vez mais procurada por amadores ou por quem quer cuidar do corpo. Mais uma vez, celebridades impulsionaram o crescimento: adeptas como as Kardashians e Jéssica Alba ajudaram a dar certo status à técnica.

De outro lado, está o movimento daqueles que preferem descansar a mente. Para isso, estão surgindo cada vez mais aulas e espaços destinados ao descanso

De outro lado, está o movimento daqueles que preferem descansar a mente. Para isso, estão surgindo cada vez mais aulas e espaços destinados ao descanso. Você leu certo: espaços de descanso. Nos Estados Unidos, uma rede de academias chamada Crunch Gym estreou este ano uma modalidade chamada de anti-gravity cocooning, na qual os alunos deitam em casulos de tecidos e são estimulados a relaxar com música e luzes. O sucesso é tanto que a rede está expandindo: vai abrir mais dez unidades em Nova York, Miami, São Francisco e Los Angeles.

A técnica milenar chamada haloterapia ou terapia do sal, que sempre foi usada para ajudar a melhorar a respiração, volta com status tecnológico. Agora, existem várias “salas salgadas” em lugares especializados em diversos estados norte-americanos com o intuito de dar aos praticantes uma desintoxicação total do corpo.

E como fica o sono nisso tudo?

De nada adianta se alimentar bem e fazer exercícios regularmente se não dormirmos bem. As pessoas procuram dormir cada vez melhor e, para isso, contam com tecnologia aplicada ao sono, já que o ato passa a ser visto como imprescindível para a saúde do corpo e da mente.

Marcas como a gigante do fast fashion H&M chegou a lançar uma coleção de “roupas para relaxar” em colaboração com o ex-jogador de futebol David Beckham. A moda de performance vai para a cama, sim. Os tecidos ganham tecnologia, são mais confortáveis e respiráveis, auxiliando os atletas em repouso.

Não faltam novas oportunidades e maneiras criativas – e até inusitadas – de aproveitar este movimento em torno do sono e do repouso. No próximo artigo, vamos falar de outras mudanças que podem ser transformadoras para o mercado de bem-estar.

Até lá!

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Cativar o consumidor

    Como os programas de fidelização podem impulsionar estratégias de negócios B2B e B2C?

  • Como os selos ambientais conferem valor e credibilidade às marcas

    Pesquisa do Instituto Quantas aponta que há a percepção de que esse tipo de certificação tem tanta relevância quanto o desempenho do produto