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Opinião

Qual tamanho de agência de PR devo contratar?

Muitas empresas em vez de renovarem com as grandes agências do ramo, têm optado por contratarem assessorias menores, porém, bastante comprometidas em mostrar serviço


17 de junho de 2019 - 6h00

(Crédito: Mediaphotos/iStock)

Já parou para pensar qual tamanho a agência de PR, que atende sua marca, deve ter? E que, essa linha de raciocínio ganhou um significado ainda maior nos últimos anos quando se trata do concorridíssimo mercado de relações públicas/assessoria de imprensa? Tais afirmações podem parecer um tanto clichê ou mesmo soarem como tendenciosas, principalmente, porque vêm de um dono de agência considerada de pequeno porte pelo setor. No entanto, as últimas movimentações de importantes clientes em busca de um trabalho mais dedicado, têm comprovado essa tese, habitualmente usada em outros segmentos.

A célebre frase usada em diversas circunstâncias ou situações do nosso cotidiano – inclusive em algumas brincadeiras com conteúdo chulo – pode ser facilmente aplicada ao nosso ramo de atividade: afinal, “tamanho é documento?”. Além disso, a afirmação se justifica. Muitas empresas, várias grandiosas em sua área de atuação, têm procurado um caminho inverso na busca de bons resultados na mídia espontânea.

Em vez de renovarem com as grandes agências do ramo, inclusive algumas com capital estrangeiro, têm optado por contratarem assessorias menores, porém, bastante comprometidas em mostrar serviço. É o famoso: “faz mais sentido ser o maior cliente de uma agência pequena ou apenas um número em uma grande agência?”.

Ou seja, em vez de olhar somente o tamanho da estrutura, das operações e da história das empresas de comunicação tradicionais e conhecidas por serem robustas na área, os clientes passaram a enxergar muito além desses quesitos, até então considerados primordiais na conquista de um bom desempenho. Assim, eles também buscam mais um atendimento personalizado, eficiência na medida certa, soluções de acordo com a sua realidade sem fórmulas pré-fabricadas e, como consequência, os excelentes resultados.

Ao seguir essa lógica, é possível notar que uma tendência no mercado tem ganhado bastante força e promete dar um fôlego ainda maior para o setor. A atuação das agências boutique vem crescendo no ramo de relações públicas/assessoria de imprensa, pois chegaram exatamente com essa proposta, de focar, primordialmente, naquilo que são especialistas, para ter o almejado bom desempenho de seus clientes. Tudo isso com um grande comprometimento na busca da qualidade no atendimento.

Além disso, a expansão das agências boutiques de comunicação chega num bom momento para o mercado brasileiro, como forma de seguir uma tendência mundial de crescimento do setor registrado ao longo de 2018. No ano passado, a indústria global de relações públicas teve um incremento de 5%, segundo o relatório The Holmes Report, especializado em empresas do setor. As companhias do ramo somaram US$ 12,3 bilhões em receitas no período, contra US$ 11,7 bilhões registrados em 2017. Esse movimento mostra que há espaço para todos os tamanhos de assessorias de comunicação.

Para não ficar somente no discurso escrito, já existem situações claras que comprovam todo esse contexto na prática. Minha agência, por exemplo, já conquistou alguns clientes considerados grandes nos seus respectivos mercados oriundos de grandes empresas de RP, que não renovaram contratos e optaram por um atendimento mais personalizado, possível nas boutiques do setor.

A partir desse pressuposto, a ideia é me aprofundar nas causas de todo esse cenário. Pôde-se notar que muitas dessas empresas consideradas importantes no seu segmento – várias delas startups unicórnios (avaliadas a partir de US$ 1 bilhão) – nem sempre são consideradas gigantes nas operações das grandes agências de comunicação, acostumadas em gerenciar contas de multinacionais. Dessa forma, o atendimento fica abaixo da expectativa da contratante.

No aspecto prático, essas mesmas agências de grande porte deixam a estratégia e o planejamento de divulgação a cargo de profissionais em início de carreira, conhecidos como “atendimento júnior”, ou mesmo nas mãos de estagiários. Nada contra os colaboradores com esse perfil e até acredito que eles são muito eficientes, mas a situação tem gerado as principais reclamações de clientes que optaram por uma empresa de pequeno porte de RP. Um perfil em início de carreira pode atuar muito bem como suporte, mas não como linha de frente. Já, as menores agências, apostam na senioridade da operação como alternativa para ganhar espaço.

Por essas e outras questões já relatadas pelos assessorados, fica ainda mais evidente que as agências boutiques ganharam importância, até mesmo como uma forma de preencher uma lacuna já diagnosticada no nosso mercado. Se para as grandes empresas de relações públicas/assessoria de imprensa, uma startup valiosa não é tão interessante nas suas operações, para nós um cliente com esse perfil faz todo o sentido do mundo, afinal é uma chance de mostrar o nosso valor, o nosso serviço e, sobretudo, a nossa competência. É a hora das agências boutiques.

*Crédito da imagem no topo: RawPixel/Pexels

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