O poder do contexto

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Opinião

O poder do contexto

Qual o futuro do marketing contextual na Era da personalização, proteção de dados e da evolução das AIs?


17 de julho de 2019 - 9h42

(Foto: Reprodução)

Palavras e expressões como “experiência”, “on demand” e “feito sob medida” estão no dia a dia do vocabulário dos negócios e do marketing. E hoje traduzem o sentimento dos consumidores em relação às marcas, como aponta a pesquisa Dimension 2019, do Kantar Ibope Media, que apresenta dados relevantes sobre o impacto de uma comunicação personalizada.

Após entrevistar mais de 5 mil consumidores, entre eles líderes de mercado nos cinco maiores mercados de comunicação — China, EUA, França, Reino Unido e Brasil —, o levantamento traz informações como: 61% das pessoas preferem publicidade direcionada a seus interesses e 45% gostam de ações elaboradas especificamente para elas.

É nesse cenário que o marketing contextual ganha força, oferecendo propostas e estratégias baseadas em profunda análise de dados e que busca uma interação mais profunda com os consumidores.

De acordo com outro estudo, o Contextual Advertising: the new frontier, desenvolvido pelo portal The Drum, atualmente 49% dos profissionais de marketing já investem nesse tipo de iniciativa nos Estados Unidos. Entre eles, 61% planejam continuar os seus aportes na mesma constância e 31% afirmaram a intenção de ampliar o budget.

Ao investir em estratégias de mídia por dados contextuais como localização, tipo de vídeo assistido, horário do dia e clima, as marcas podem gerar resultados muito mais conectados com as necessidades dos seus clientes, construindo relações verdadeiras. Para o sucesso dessas ações, as definições e alinhamentos cirúrgicos dos momentos-chave são essenciais.

Essa expansão do marketing contextual está muito conectada com o novo momento de mercado de comunicação, que registra constante crescimento do mobile, e à política de acesso às informações, com as exigências da nova Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Esse tipo de estratégia é vista como menos invasiva, por exemplo, ao trabalhar com análise do conteúdo de uma página da web e/ou vídeo que está sendo assistido e com a semântica das palavras-chave em real time. Isso significa uma diferença expressiva na comparação com marketing comportamental, que identifica e verifica a navegação dos usuários, trackeando o histórico de páginas visitadas.

O potencial de crescimento desse tipo de ação é percebido também pela evolução da Inteligência Artificial, que vai ajudar a impulsionar e possibilitar projetos muito mais sofisticados tecnologicamente falando.

Imaginem o poder de impacto de ações contextualizadas quando as AIs estiverem mais evoluídas e conseguirem entender melhor o humor e os contextos, observando a diversidade e a complexidade de momentos dos consumidores.

Teremos um futuro com entregas e experiências muito mais tailored, feitas sob medida em termos de produtos, serviços, preços e comunicação, do que acontece atualmente no mercado brasileiro e mundial. As marcas que capturarem esse game change em suas estratégias, terão um conhecimento muito mais acurado para inovar e construir histórias bem-sucedidas.

*Crédito da foto no topo:  Pexels

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