Facebook se adequa a princípios de privacidade na União Europeia
Em resposta a uma nova lei que restringe a coleta, armazenamento e uso de dados dos cidadãos pelas empresas de internet, a rede criou um núcleo específico para questões de privacidade
Cercado por controvérsias quando se trata do uso de dados dos usuários, o Facebook anunciou a criação de um núcleo inédito na União Europeia voltado para questões de privacidade. A central de privacidade responde a uma nova e rigorosa lei que entra em vigor em maio na União Europeia em maio, a Regulação Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês).
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A lei restringe a coleta, armazenamento e uso de dados dos cidadãos pelas empresas de internet. Também estipula que tais companhias reportem vazamentos de informações de usuários em até 72 horas, e que permitam aos usuários exportar dados ou excluírem completamente suas informações, se quiserem.
A central de privacidade do Facebook vai unificar todas as informações sobre o tema na plataforma, com informações sobre como os dados dos usuários serão utilizadas pela companhia. A empresa divulgou uma lista com princípios de privacidade usados para reger o uso de dados de usuários para fins comerciais. Uma das premissas é de que o controle de privacidade está a cargo do usuário, mas a empresa também diz que vai considerar a privacidade na criação de novos produtos, trabalhar para manter as seguranças dos dados, colaborar com órgãos de fiscalização e permitir que usuários excluam suas informações.
O Facebook também disponibilizará vídeos explicando o passo a passo para excluir informações e detalhando o destino dos dados armazenados pela plataforma. “Nós sabemos que as pessoas usam o Facebook para se conectar, mas nem todo mundo quer compartilhar tudo com todos. É importante que os usuários tenham escolhas em relação a como seus dados são usados”, disse a diretora global de privacidade do Facebook, Erin Egan, no blog da plataforma.
Segundo a nova lei europeia, caso as empresas não cumpram com a legislação, estarão sujeitas a multas de até 4% de sua receita global.