Um dia após o WPP confirmar à imprensa as investigações a Martin Sorrell por má conduta e uso indevido dos recursos da holding, que dias depois levaria à sua renúncia (relembre o caso aqui), outro importante fato veio à tona.
Tornou-se público o acordo estabelecido pelo WPP e pela JWT com Erin Johnson, ex-global chief communications officer da agência. Há dois anos, ela acusou formalmente seu ex-chefe, Gustavo Martinez, por abuso sexual, comentários racistas e anti-semitas.
Um porta-voz da JWT disse ao AdWeek que a agência “chegou a um acordo amigável com Erin Johnson, chief communications officer da J. Walter Thompson, no processo Johnson vs. J. Walter Thompson. Os termos do acordo são confidenciais e não serão revelados”.
Imediatamente após a finalização do acordo, Erin renunciou ao cargo, na quarta-feira de 4 de abril. O espanhol Martinez, por outro lado, não ficou sem emprego: foi substituído por Tamara Ingram na função de CEO global e foi realocado na Espanha, onde lidera as operações do WPP no país.
“Não importa o que as pessoas fizeram, o comportamento não era tão importante quanto entregar números. Ele não estava ouvindo as pessoas, porque tenho certeza de que foi alertado que esse era um movimento muito ruim”, disse Mary Keane Dawson, fundadora e CEO da Truth Agency, em entrevista ao AdWeek, sobre a decisão de Sorrell em manter Martinez na companhia.
Em comunicado, Erin disse que os últimos dois anos foram desafiadores. “Agradeço pelo amor e encorajamento da minha família, amigos e aqueles na indústria que manifestaram apoio. Obrigada. E, mais importante, quero agradecer Anne Vladeck, Debra Raskin e Jeremiah Iadevaia, da Vladeck, Raskin & Clark, uma equipe brilhante e forte. Espero que minha experiência pessoal encoraje outras a falarem e seguirem suas convicções. Desejo sucesso a Tam (Tamara Ingram) e à equipe da JWT”, escreveu.
