Avon faz cortes para recuperar lucro
A maior empresa de vendas diretas do mundo reage diante do prejuízo líquido de US$ 400 mil no quarto trimestre de 2011
A maior empresa de vendas diretas do mundo reage diante do prejuízo líquido de US$ 400 mil no quarto trimestre de 2011
Janaina Langsdorff
15 de fevereiro de 2012 - 8h30
A Avon acaba de anunciar um corte de despesas diretas e de funcionários para tentar reduzir custos e reverter os resultados negativos acumulados ao longo de 2011. Somente no quarto trimestre do ano passado, a maior empresa de vendas diretas do mundo registrou um prejuízo líquido de US$ 400 mil, ante um lucro líquido de US$ 229,3 milhões na mesma comparação com o ano de 2010. A receita total da companhia também recuou 4%, para US$ 3 bilhões, o equivalente a uma diminuição de 2% em volume.
A medida, divulgada pela diretora de operações da Avon, Kimberly Ross, foi bem recebida pelo mercado financeiro. Na tarde dessa terça-feira, 14, as ações tiveram alta de 1,83%, cotadas a US$ 17,85 na Bolsa de Nova York. De acordo com informações publicadas na edição dessa quarta-feira, 15, pelo jornal Valor Econômico, a inflação das commodities e dos salários, além de pressões cambiais estão entre os principais fatores que provocaram a elevação dos custos da empresa, que agora busca simplificar processos e eliminar duplicações.
Gestão
Em dezembro de 2011, Andrea Jung deixou de ser CEO da empresa e passou a atuar apenas como presidente do conselho de administração. Ambos os cargos foram exercidos por Jung durante dez anos. A escolha da pessoa que assumirá a posição de CEO da Avon permanece indefinida.
O declínio dos resultados é que determinou mais essa mudança. A divisão do cargo foi aprovada pelos investidores depois da conferência financeira da empresa, realizada em outubro de 2011. O acirramento da concorrência e problemas na implementação no Brasil da tecnologia ERP (Enterprise Resource Planing, na sigla em inglês), capaz de gerenciar as atividades da empresa, são dois dos fatores que interferiram na performance global da empresa. Ainda assim, o Brasil ultrapassou os resultados da sede em 2010 somando vendas da ordem de US$ 2,2 bilhões, 20,1% do total.
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